28 fevereiro 2010

1º de março! Agora vai!

taddeu vargas
Eu nasci sem retrovisor! Sempre tive dificuldades de ver a vida sob o signo do ontem. Hoje por exemplo, acordei focado em viver meu dia 28 não como último dia do veraneio, das férias, do mês mais curto do ano, mas como ante-sala fantástica, maravilhosa, do grande palco onde o dia 1º de março vai surgir.
Hoje é dia de revisar os planos para 2010, pois amanhã ele nos acorda faceiro, solicitando nossa presença na vida, no cumprimento da agenda de nossos desejos para esse período. Então faça como eu, teclado em punho e vamos colocar no editor de texto todas os pensamentos que tivemos sobre nossa seqüência na vida.
Lembre-se do final do ano, do Réveillon, das promessas feitas para o ano novo que desabrochava. Este é o momento de começar a colocar em prática tudo que pediu, que escolheu viver. Não esqueça de pensar grande! De pedir grande, pois você é grande! Você é exatamente do tamanho do Universo. O que você é aqui, você é lá, no fim, ou no início do cenário de Deus. Você está aqui e está lá. Tudo é uma coisa só!
Mas, voltando aqui para o editor de texto, vamos planejar nossa felicidade? Gostei! Senti firmeza! Não podíamos mesmo deixar passar essa grande oportunidade. Agora é só ligar o som numa musiquinha legal e deixar os sentimentos digitarem. Eles sabem tudo!
Aqui no meu editor eles escreveram o seguinte: "Hoje eu resolvo me ver maior do que meus maiores sonhos, pois se sou capaz de concebê-los, eles são parte de mim e não eu deles".
Uaauuuuuu! Arrasaram! Eles não estão para brincadeira esse ano!
Os sentimentos são entidades interessantes. Sua independência lembra a força do mar, dos ventos, ao mesmo tempo em que sua sutileza pode ser ocultada num simples sorriso. O poder dos sentimentos nos faz senhores sobre tudo o que existe, ou não! Depende de os colocarmos a serviço do contexto maior de todo o nosso ser.
A seqüência é: pensar, sentir, acontecer! Se você acordar e pensar que hoje é o seu grande dia, e sentir a maior felicidade por isso, acontecerá! Isso vale para o mês de março e para o ano de 2010, que é um mensageiro do Universo, cujo ficará conosco por um período e está colhendo sugestões (pedidos) para nos apresentar ao longo do ano.
Então é só colocar no papel, ou melhor, no editor!
Feliz 2010!
MTV
taddeu vargas  

27 fevereiro 2010

Construindo uma Paixão

taddeu vargas
Essa semana voltei para uma das minhas casas, por onde já andei prestando meus serviços profissionais, mas desta vez para um trabalho novo, num local novo e num tempo novo, também!
É gratificante retornar a um ambiente e encontrar aquelas características dele que te cativaram lá atrás. Parece que elas fazem parte dos móveis e utensílios do local, embora intangíveis, abstratas, impegáveis, mas marcantes, consistentes, quase visíveis. 
Esse modo de ser de um ambiente é uma entidade complexa, pulsante, absorvente, observadora, ...viva! As vezes até um pouco controladora!
Encontrei algumas mudanças, o que é auspicioso, novelisticamente falando, todavia nenhuma que tenha alterado a personalidade do ser sutil que habita o ar que se respira nas salas e corredores desse local de trabalho.
É nele que vou construir uma paixão! Não uma paixão qualquer, dessas que se encontra em qualquer das novelas da TV, ou de forma explícita e presencial nas praças das nossas cidades, ou mesmo na tela da vida. Da nossa!
Trata-se de uma paixão tricolorida, informativa, direcionada não a uma pessoa, como normalmente ocorre com as paixões, mas a uma nação de pessoas com algo em comum. 
É uma pena não poder ir além! É apenas isso que posso contar por enquanto, mas prometo dar em primeira mão aqui pra você, meu leitor, quando a divulgação desta novidade estiver liberada.
Eu vim aqui hoje não exatamente para falar disso contigo. Mas para dizer que o que está ocorrendo comigo é resultado do que pedi que acontecesse. A realidade atual, que me enche de satisfação e realização profissional, há uns meses atrás, era apenas um pedido ao Universo, ou, como estamos acostumados a dizer: um sonho!
Ele se materializou por dois motivos, basicamente. Primeiro por que não tive medo de mudar minha vida e apontá-la para o meu desejo. E por que, após fazer o pedido objeto do meu desejo, tratei dele como coisa realizada, como projeto de vida em curso. 
A fase não materializada de nossos desejos é tão real quanto à parte já visível, tangível, concreta, deles. A concepção da vontade, que evolui para um pedido e se consolida na certeza da materialização é a parte não material do acontecimento. Mas é!
A gestação conta tempo de vida!
MTV
taddeu vargas

23 fevereiro 2010

Cheiro de Novo

taddeu vargas
Tem coisa melhor do que cheiro de coisa nova? Até sapato, quando é novo, tem cheiro bom!
Talvez a sensação, aquilo que percebemos com relação ao novo, venha num pacote, onde o cheiro é apenas uma das aparências, mas presente em todas as situações.
O novo é sempre um mistério, que vem embrulhado na perspectiva que o Universo desenha a partir de nossas escolhas passadas, embora o vejamos sempre com surpresa, como se desconectado de nossa vontade.
Visto como intruso, muitas vezes, acaba por gerar ansiedade, insegurança e medo. Esta reação é muitas vezes responsável pela manutenção do velho em nossas vidas. Tudo aquilo que precisamos reciclar, jogar fora...transmutar, fica morando em nossa mente, por medo de permitir a entrada do desconhecido novo, este sujeito misterioso que ameaça trocar tudo de lugar.
Quando bem recepcionado e compreendido o novo inaugura um caminho que desemboca noutro, que mostra uma nova perspectiva que muda tudo e, quando percebemos, não somos a mesma pessoa. Nossa trajetória sofreu uma alteração tal que, jamais faremos o que fizemos. Nunca mais seremos o mesmo ser humano! Essa evolução dá sentido à vida!
Entrar nessa corrente significa orientar nossas esperanças em direção aos sonhos mais desejados, experimentando, degustando esse sabor novo que o depois nos oferece. Sem dúvidas, sem medos, sem preconceitos, apenas com respeito ao antes, pois ele é parte importante do caminho. Foi nele que escolhemos o agora.
Hoje despertei de uma noite intensamente vivida, de um sono profundo, que trouxe para a claridade do dia um sonho de mudança decisiva. Não aquelas mudanças que alteram parte do cenário. Falo daquelas que substituem o teatro aonde o enredo da vida vai se apresentar.
O vento que entra pela janela do meu quarto, onde escrevo o que você está lendo agora, trás o cheiro desta expectativa e talvez até uma canção que ouço. É mais que cheiro: é gosto!
MTV
taddeu vargas

19 fevereiro 2010

Políticos e Bandidos

taddeu vargas
Faço muita força pra não falar de política aqui nesse blog, embora o assunto de hoje esteja mais para polícia do que para a política. Mas enfim, sempre chega a hora de falarmos de coisas que falamos pouco. Isso funciona como uma espécie de proteção contra o mau humor, a irritação e a desesperança. Mas é uma forma de não perdermos a capacidade de nos indignar com determinados fatos da realidade brasileira.
O episódio da prisão do Governador do Distrito federal e seus desdobramentos escancarou a verdadeira identidade do meio político nacional. E não me refiro à prisão do Sr. Arruda e de parte da gangue montada para roubar os cofres públicos e achacar empresas fornecedoras do DF, e sim à postura da Assembléia Legislativa do Distrito Federal.
Permita-me, caro leitor, ver esse episódio de um outro ponto de vista e dividir essa mazela tupiniquim com você, até por que da denúncia, da tentativa de calar a testemunha e da prisão, a imprensa já falou muito.
Logo que os fatos foram denunciados pela Polícia Federal, com uma riqueza de detalhes impressionante, com vídeos mostrando as entranhas da escória da política desse país, manuseando inescrupulosamente o dinheiro do povo brasileiro, os deputados do DF, principais envolvidos na trama diabólico-financeira, deram total cobertura ao Governador acusado de corrupção e negaram seguimento a todos os pedidos de impeachment formulados pela sociedade e partidos de oposição.
Assim que foi decretada a prisão, os deputados da base do governo não só mudaram de idéia com relação aos pedidos de impugnação do mandato do Governador, como abandonaram seu comandante à própria sorte numa cela da Polícia Federal. Nenhum deputado da base aliada visitou Arruda na prisão, numa sórdida tentativa de passar a idéia para a sociedade, de que nada que estava acontecendo era com eles.
Nós todos já sabíamos que boa parte dos políticos brasileiros é corrupta. Assim, o episódio da prisão do Governador e parte de seu bando não foi surpresa. No entanto, a falta de lealdade de seus seguidores e participantes efetivos das operações ilícitas no governo do Distrito federal nos força a fazer uma comparação com as quadrilhas de bandidos que atuam à margem da lei e da sociedade.
Os bandidos são mais leais; mais confiáveis! Pois sempre que prendem o chefe do bando, esse não perde o comando, continua, como todos nós sabemos, a determinar os procedimentos criminosos de dentro da cadeia. Com autoridade sobre toda a quadrilha.
E não são raras as tentativas do grupo em tentar retirar, de assalto, seu chefe de dentro da cadeia, numa demonstração de hierarquia e lealdade.
Assim, meu querido leitor e eleitor, pense bem e escolha com conhecimento seu deputado na próxima eleição. Não precisa votar em bandido, para ter um representante leal, mas saiba que uma boa parte dos candidatos a cargo eletivo têm as mesmas qualidades daquele, com o agravante de não serem leais.
MTV
taddeu vargas

16 fevereiro 2010

Envie sua crônica

taddeu vargas
O site do livro Cem Crônicas está pronto e esperando uma visita sua. O livro terá 95 crônicas minhas e 5 de colaboradores, co-autores. Se você desejar participar do livro com uma crônica acesse o site  www.cemcronicas.com.br  e informe-se na página "Participe" sobre o perfil e formato do texto. O livro será lançado em maio desse ano. No site você encontrará todas as informações sobre o livro.
MTV
taddeu vargas

14 fevereiro 2010

A consciência e as rotas de fuga



Eram 2h da madrugada, mas parecia dia na avenida da folia!
O som, as luzes, as ansiedades e os exageros decoravam a noite, meio constrangida pela súbita invasão carnavalesca.

O ser externo é craque nas rotas de fuga da consciência, por não encontrar respostas às suas perguntas em frente ao espelho. Assim, a droga, o álcool, e os demais desvios que o levam para longe de si, entre eles a farra carnavalesca, são rotas freqüentes utilizadas pelo ser humano para desencontrar-se de suas questões.

O hábito do fumo tem seu início ligado a essa questão. É só acender um cigarro cada vez que a consciência quiser acordar. E assim vamos rolando e enrolando nossa vida, colocando a felicidade, nosso objetivo primeiro, num local cada vez mais distante de alcançar, trocando a busca consciente e progressiva do bem estar por momentos fugazes de falsa alegria.

O que denuncia a impropriedade do encurtamento do caminho é a ressaca que chega para brindar o dia seguinte, prova irrefutável do equívoco na escolha da companhia.

Já, se "nos escolhermos" como a avenida onde desfilará o primeiro grupo das questões mais importantes para alcançar a liberdade, a evolução e a felicidade, encontraremos no dia seguinte a seqüência do caminho que nos levará às nossas perguntas atuais. É meio caminho andado - obrigatório - para chegar às respostas.

Este processo eleva nosso nível de consciência e cada vez mais podemos abrir mão das pseudo-soluções que entorpecem nosso mecanismo de escolha intuitiva e escondem as sutilezas das sincronicidades que podem nos levar adiante.

Isso feito, nada mais nos tirará o sono, nem mesmo o som estridente do trio elétrico faceiro, que disputa o protagonismo da noite enfeitada com todas as outras atrações carnavalescas presentes. Nem mesmo a participação física efetiva nas consideradas rotas de fuga constituiria atraso no progresso do iniciante nos fundamentos do Eu, desde que consciente da transitoriedade e do caráter supérfluo do evento.

TaVar

12 fevereiro 2010

Solidão e Descoberta



Ontem me ligou a Maria Amélia, amiga de outros carnavais, - pra não dizer que não citei a grande festa do povo brasileiro, que começa amanhã - para pedir ajuda, pois se dizia a beira da loucura por causa da solidão que estava sentindo.

Segundo ela, uma conjugação de uma profunda tristeza associada a um sentimento de rejeição de todos em relação à presença dela. Além disso, vários sentimentos acessórios - como falta de identificação e de vazio existencial - orbitando o núcleo da questão, que segundo ela era a solidão.

"Faz uma frase Taddeu, por favor, aí eu durmo com ela!", suplicou a maria confusa, sentindo-se, em sua própria vida, uma intrusa!

Quando trabalhávamos juntos, ela adorava me pedir: "Faz uma frase vai!", tentando explorar minha habilidade de sintetizar pensamentos na construção de frases, slogans, etc., que era o meu trabalho. Agora ela necessitava, não por capricho, de uma expressão curta, para com ela saturar sua mente e com isso ter um pouco de paz.

O Teddy, que a tudo ouvia, sussurrou dentro de mim:
"Só há uma forma de combater a solidão: é ficando só!"

O slogan anti-solidão estava criado!

Aproveitei a situação e contei pra ela do Teddy, esse sujeito que divide comigo as AMARguras e alegrias desta vida, embora ele só veja as coisas a partir da alegria e não da amargura. Falei também que a solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados.

Pra quem chegou agora e não conhece o Teddy, (veja post Conversando com o Ser Interior – dez2009) ele é o Ser Interior que me habita, ou onde estou instalado, depende do ponto de vista, mas, enfim, meu objetivo era mostrar a ela que jamais estamos sozinhos e que nesse condomínio que chamamos de eu, fomos os últimos a chegar.

Maria curiosa me ouvia atenta. Depois me encheu de perguntas e acabou concordando que o Teddy é um craque na criação de sentenças sintéticas. Antes de desligar o telefone, disse que ia dormir satisfeita, mas antes tentaria conversar com a Melly, já que não se sentia mais só.

TaVar

11 fevereiro 2010

CemCronicas.com.br


Nosso livro já tem site: www.cemcronicas.com.br e ele está esperando uma visitinha sua!
Estamos postando algumas das crônicas que vão constar do livro, bem como algumas outras informações e aguardando o envio de uma cópia de sua crônica que possa ser incluída na obra. As orientações do tipo de crônica, tamanho do texto etc. estão todas lá. É só acessar, informar-se e participar.
Aguardo você lá.
Abraço forte!
Taddeu Vargas
taddeu vargas

10 fevereiro 2010

A Morte...e a Vida!

taddeu vargas
A vida nas grandes metrópoles, a cada dia que passa perde terreno para a morte.
Ontem, mais uma vez, tive a oportunidade de constatar a sina humana de procurar a morte, em vez da vida. É claro que o fenômeno não é exclusivo das metrópoles, mas ali, onde a sociedade humana desfila seus equívocos, não requer maior senso de observação, senão um pouco de abstração, para verificar o rumo que o homem escolheu dar a sua trajetória terrestre.
Em contrapartida o Universo derrama vida em cada lugar onde eu foco meu olhar. Teimosamente os deuses dos tempos insistem em enviar luz, água, ar, alegria, paz, harmonia, bênçãos, amor...vida! Mas o homem escolhe ter agitação, barulho, poluição, violência, rancor, tristeza, medo...morte!
"O homem é passageiro transitório da vida"! Foi a frase que o Ted acabou de me soprar, e ele explica que a eternidade da vida não cede aos caprichos imediatistas do homem. Ela segue sua senda, do menos para o mais infinito dos tempos programados por Aquele que a inventou.
Talvez eu não tenha percebido e o homem esteja apenas testando a compaixão e a tolerância das forças da natureza, dos deuses dos tempos, usando a terra como laboratório para grandes e maravilhosas teses revolucionárias de convívio e bem estar, que implantarão a violência, o caos, o extermínio em massa e toda sorte de receitas modernas e evoluídas para a consagração... Da morte!
Consciente, ou inconscientemente é isso que a sociedade humana está fazendo, mas a cada dia que passa, e essa pode ser a única notícia boa de hoje, mais pessoas estão se dando conta disso e se movimentam para fazer uma outra escolha... A vida!
Não pode ser outra a leitura de quem para um pouco e pensa no maior de todos os bens que recebeu do Universo, que se manifesta no pensar e sentir, no olhar, nos lagos, nas montanhas e florestas,...no sorriso de um bebê, e os compara com o que vê acontecer nas grandes cidades, e nos noticiosos fúnebres que cobrem esses acontecimentos.
Agora estou de volta ao interior, onde o natural ainda faz sombra ao construído, - mas não muito - e onde o conjunto da vida aparece mais, impondo a harmonia necessária ao desenvolvimento de uma melhor consciência humana.

TaVar
taddeu vargas

08 fevereiro 2010

Disciplina e Criatividade

taddeu vargas
Os dois atributos parecem não conviver bem juntos, pelo menos é o que estamos acostumados a ver nas atividades humanas. É senso comum que a pessoa muito criativa, normalmente não é disciplinada e o indivíduo muito disciplinado não tem a criatividade como característica.
A sociedade humana estabeleceu esse paradigma pelo desenvolvimento de sua cultura, baseada na observação dos fatos e na conduta das pessoas. Quanto mais se dizia que um profissional da área de criação não podia ter disciplina, pois a criatividade o aborda sem hora ou lugar definidos, maior era seu descompromisso com a priorização de metas, com uma boa administração do tempo, com a responsabilidade e a determinação.
Por sua vez, a disciplina sempre foi associada à rotina militar, ao cumprimento rigoroso de metas, planilhas, horários, não deixando espaço para o novo, o diferente...para a criação de um outro caminho, uma alternativa distinta das estabelecidas na norma.
Essas verdades foram se perpetuando ao longo do tempo e acabaram como referências humanas em suas mais diferentes aplicações.
Do ponto de vista de minha outra metade, aquela que a gente não vê, apenas sente, as coisas não acontecem desse modo.
Quanto maior a minha disciplina no cumprimento dos horários, períodos e rituais no desenvolvimento do meu retiro meditativo, melhor o resultado de criação, seja de informações que busco para o meu trabalho, para minha vida pessoal, ou qualquer outro desejo que manifesto ter e daí a necessidade de obter novas idéias.
Essa questão é relevante, mais do que parece a princípio. No meu caso, por ter sempre me considerado um sujeito disciplinado e pelo fato de entender, à época, que criatividade e disciplina eram incompatíveis, acabei cursando a faculdade de direito, em vez de uma escola de publicidade. Mais tarde consegui começar a reverter esse equívoco de rumo profissional, não sem seqüelas, mas com ganho de experiência e conhecimento.
Talvez a aparente incongruência resida no diferente perfil dos seres que nos habitam, notadamente na limitação do ser físico em comparação com a infinita sabedoria do Ser Interior. Mais um motivo para irmos do material ao espiritual, sempre que desejarmos obter um entendimento ampliado sobre qualquer assunto. 
MTV
taddeu vargas

06 fevereiro 2010

Canteiro de Flores


Na frente do prédio onde moro tem um enorme canteiro de flores, que separa as duas faixas de uma das principais avenidas da cidade. Vejo-as de cima, com uma visão panorâmica que abrange quase toda a avenida, artéria florida da cidade adotada por esse meu momento de vida.
A visão magnífica do canteiro ilude, se comparada ao restante da cidade, mas gratifica um coração que grita por flores, paz, amores...
A beleza e a perfeição da flor tem essa capacidade de nos tirar desse mundo e nos transportar para um lugar improvável, onde a delicadeza, a doçura e a pureza são constâncias que perduram indiferentes às presenças menos doces, menos puras, mas que fazem parte do mesmo cenário.
Elas, as flores, sobram nos ambientes onde habitam. Em outros, ornamentam e quebram a dureza sem vida dos elementos que constroem nossos espaços humanos. Em todos, reinam imbatíveis em sua natural beleza, emprestando-os graça, perfume e leveza.
Ainda mais bela é a visão das flores, se fixarmos a visão até que fique um pouco embaciada e nos revele aos poucos a energia iluminada que as circundam, denunciando a aura do amor de Deus, energia eletrônica divina presente em tudo o que existe no Universo.
É assim que vejo os jardins do Mestre em meus devaneios. Belos arranjos naturais de um misto de flores e luzes a enfeitar o campo de paz onde meu sono vai acordar, fazendo brotar o sonho que vive esses momentos de magia exposta. Nele, eu caminho num chão de pétalas, como se flutuasse entre os canteiros feitos de amor e cor, aspirando o mais encantado dos perfumes, altar apoteótico da flor!
De volta ao canteiro de minha outra vida não o diminuo, em comparação com os jardins dos meus sonhos, pois é sua beleza singular a florir nossa vista física e sua coragem e resistência ao enfrentar os ambientes humanos mais densos e as intempéries climáticas, que me incentivam a viver em ambas as dimensões, absorvendo as provações e ensinamentos de uma e a beleza e a paz divina de outra, cumprindo a sina das escolhas primeiras e seguindo de volta, na direção donde vim.
MTV
taddeu vargas

05 fevereiro 2010

O apego e o roubo de energia


Outro dia uma seguidora do blog fez um comentário em um dos posts, - Apego A Solução - dizendo concordar com os benefícios indiscutíveis do desapego, mas ressaltando a dificuldade humana de superar uma perda relevante. E é assim mesmo!

Não notamos no nosso dia-a-dia, mas grande parte de nossas vidas passamos roubando energia das pessoas com quem convivemos, para aumentar nosso bem-estar, em detrimento do outro. Acabamos nos viciando em buscar energia de fontes mais acessíveis, - as pessoas com quem convivemos - em vez de nos conectarmos com a Fonte de toda a energia do Universo e nos abastecermos dela. Com isso tendemos a exacerbar a importância dessas pessoas na nossa vida, chegando a ponto de pensarmos não poder viver sem elas.

Para entender esse roubo de energia temos que trazer a baila a questão dos chamados Dramas de Controle, que são posturas emocionais que todos nós desenvolvemos ao longo de nossas vidas, em função dos medos e das necessidades de controle gerados pelos traumas da infância e da adolescência e pela influência energética de nossos pais, ou seja, pelos dramas de controle deles.

Segundo James Redfield, em sua obra "Visão Celestina" - "Existe um velho provérbio místico que diz que aonde vai a atenção, para lá flui a energia. Assim, quando duas pessoas voltam a atenção uma para a outra, elas literalmente fundem seus campos energéticos, juntando as energias. Aí surge logo a questão: quem é que vai controlar essa energia acumulada? Se um dos dois consegue dominar, fazendo o outro aceitar seu ponto de vista — enxergar o mundo à sua maneira, através dos seus olhos —, então esse indivíduo capturou para si a energia de ambos. Ele sente uma imediata onda de poder, segurança, auto-valorização e até mesmo euforia."

O apego é gerado pela busca de energia fora da fonte que emana toda a energia. O desapego, ao contrário, é a saturação de todo nosso ser com energia adquirida através desta fonte primária que criou tudo o que existe.

Desenvolver o hábito de buscar energia na morada da PRESENÇA EU SOU que reside no mesmo endereço nosso, há uns quatro ou cinco metros acima de nossas cabeças, elimina dois problemas de uma só vez. De um lado "trata" nosso drama de controle, invertendo o processo de roubar energia de outra pessoa, podendo enviar a nossa para ela - e veremos, mais adiante, que esse processo ativa um fluxo de energia de volta para nós. De outro, promove um único tipo de apego, com nosso Ser Interior que viabiliza a liberdade, a evolução...e a felicidade!

TaVar

03 fevereiro 2010

Cem Crônicas


A imagem ao lado é um ensaio da capa de meu primeiro livro, que deverá estar pronto em maio desse ano, e que faz parte de um projeto de vida que destina parte de meu tempo à espiritualidade. É um livro de crônicas, que conta a trajetória deste marujo juntador de palavras, desde os primeiros anos de vida.
O livro "CEM CRÔNICAS - Do material ao espiritual" é uma tentativa de mostrar as minhas experiências de vida, sempre abordando os dois aspectos que envolvem nosso ser maior: o lado humano, físico e o espiritual, não físico.
O objetivo principal é abordar as questões espirituais, à bordo de um corpo humano, com todas suas limitações e inseguranças, proporcionadas pelo desconhecimento do verdadeiro ser que somos.
Como os ensinamentos de nossos pais e avós e a cultura que absorvemos no dia-a-dia de nossa vivência aqui no planeta limitam nossa capacidade de ser livres, felizes e evoluirmos para uma posição de maior vibração, de maior luz, sabedoria e conhecimentos, e outras tantas questões que podem nos indicar quem efetivamente somos, serão objeto de abordagem nas cem crônicas do livro.
Ele nasce com diferenças em relação às propostas editoriais tradicionais, focado na modernidade dos novos modelos de comunicação. O livro, que está sendo gestado à luz das técnicas de computação e da internet, nessa fase ganha ainda mais interatividade, com a participação dos leitores do blog, que serão convocados a fazer parte do projeto, com comentários aos textos, edição de cinco crônicas que farão parte do livro e ao final com a escolha do melhor texto de prefácio.
Conto com a participação dos poucos, mas importantes leitores de meu trabalho.
MTV - Taddeu Vargas
taddeu vargas

02 fevereiro 2010

Gratidão


Há pouco mais de 18 anos eu recebi de uma pessoa um livro emprestado. Não era presente. O livro tinha até dedicatória feita por quem a havia presenteado. Na falta de um outro exemplar - a edição estava esgotada - ela me entregou o que carregava na bolsa, por entender que minha necessidade de tomar contato com as palavras do autor, naquele instante, era maior que a dela.
O meu momento de vida era dos piores, sob todos os aspectos: emocional, conjugal, profissional, financeiro... Do meu ponto de vista, na época, só um milagre faria com que eu revertesse aquela situação.
À noite, ao deitar-me, peguei-o pela primeira vez em minhas mãos para iniciar a leitura. Naquele momento, a única coisa que eu tinha na vida, era aquele livro.  
Bendita intuição teve aquela mulher, madrinha, mãe de outras vidas, abençoada por Deus com a sensibilidade e a clarividência dos iluminados, ao me entregar a relíquia maior que possuía e que era a única coisa capaz de me tirar da situação em que me encontrava.
"EU SOU é a atividade d'Esta vida. Quando dizeis e sentis EU SOU liberais a fonte da Eterna, Imorredoura Vida, para que ela possa fluir ao longo de Seu curso imperturbavelmente"
Estas palavras do Mestre Saint Germain, nas primeiras páginas de seu Livro de Ouro começaram a redesenhar a vida daquele que segurava aquele livro pela primeira vez.
Conhecer o Mestre deu sentido à minha vida. Experimentar a força magnética das palavras Dele na solução de qualquer tipo de problema, mudou completamente o perfil dos conceitos que até então tinham escrito minha história.
Hoje, passados mais de 18 anos desse mágico encontro, eu vejo que aquele livro era a única coisa que eu precisava ter naquele momento e agradeço a Deus pela maioridade e privilégio desse conhecimento.
De tudo que o Mestre me ensinou, o que mais mudou minha maneira de agir em relação à vida, foi postar-me resoluto e antecipadamente agradecido pela manifestação de meus desejos, como se já satisfeitos, por mais improvável que seja sua ocorrência. 
O livro ficou comigo por cinco anos, indo depois para as mãos de outro, certamente com o mesmo objetivo que veio para mim. "Esqueci" ele sobre um criado mudo de um quarto de hotel da capital paulista, certamente por que outro exemplar estaria à minha disposição com facilidade, ao contrário da pessoa com quem ele deve estar hoje.
Dessa forma penso ter dado seqüência ao gesto de quem me entregou o livro por empréstimo, mesmo que inconscientemente. Achei ser a maneira mais adequada de demonstrar minha gratidão.
MTV
taddeu vargas

01 fevereiro 2010

Apego - A Solução


O único apego saudável é aquele cujo alvo é o próprio ser que se apega!
O que a princípio pode parecer excesso de egoísmo, é uma questão de ordem que possibilitará um apego benéfico.

A condição para amarmos alguém, é que amemos a nós próprios de forma explicita e consciente, pois somente assim poderemos direcionar tudo que temos de bom para a outra pessoa sem os medos comuns às relações, como o medo de perder, ser enganado, etc.

O apego às pessoas da família e de nossas relações amorosas e de amizade, não pode interferir na responsabilidade que essa pessoa tem com sua eternidade. Até por respeito à trajetória desse ser na complexa e misteriosa relação com seus compromissos divinos, que são infinitamente maiores do que sua efêmera passagem por esse planeta.

É claro que devemos esse comportamento apegado, à cultura da maioria da sociedade humana, que sempre viu na morte um fim, embora se ressalte a linha de pensamento oriental, que encara de uma forma mais amena essa questão.

Não muito diferente é o comportamento de apego das pessoas pelos bens materiais. E essa talvez seja a mais comezinha e mesquinha forma de apego. Novamente aqui entra a questão do controle. Não é muito inteligente se apegar à coisas que estão fora de seu controle. Os bens, objetos, valores, perdem a função, o significado, desaparecem, são tragados pela força da natureza, enfim, estão sujeitos a saírem de nossas vidas, assim como chegaram.

Mas nossa vida continua. Somos agora, depois de perdermos entes queridos, ou o cônjuge, ou os bens materiais, o mesmo que éramos antes. Seres infinitamente inteligentes, poderosos, criadores e postados aqui, agora, para cumprirmos nossa meta estabelecida antes de emergirmos no corpo físico atual. Ou seja: sermos livres, evoluídos e felizes.

O desapego, ou o apego saudável é a coragem de saber que terá o que quiser, se dispensar todas as coisas.

Apegar-se a si próprio, reconhecendo a Presença Eu Sou dentro de nós é a forma divina de se preparar para dar muito amor, ajudar as pessoas, angariar riqueza, conforto, um excelente relacionamento amoroso e tudo o mais que o ser humano vive a buscar, com uma diferença: essas conquistas tendem a permanecer conosco.

TaVar

Apego - O problema


Somos seres complexos, com pelo menos duas presenças mais marcantes no conjunto de nosso ser. A mais visível, o ser físico, é a mais jovem e menos sábia delas, carregando assim as características deste perfil.

A falta de conhecimento sobre si mesmo e suas infinitas potencialidades é o grande obstáculo que o ser humano enfrenta, em sua breve passagem pela dimensão física. Aliás, ele está aqui por isso.

A missão de cada ser que emerge num corpo físico é superar essas limitações e ter uma experiência humana feliz e realizadora, evoluindo assim todo o conjunto do ser maior que o habita.

Por desconhecer sua outra metade, mais antiga e mais sábia, o homem vive apegado as coisas desse mundo, sejam elas coisas ou pessoas, ou mesmo valores e conceitos terrenos. Daí deriva a relação de dependência que afeta o estado de espírito da maioria dos seres.

As atitudes e posturas não esperadas das pessoas e a própria impermanência destas e das coisas materiais acabam por minar o sentimento de bem-estar.

O equívoco gera comportamentos voltados para a satisfação dos desejos mais íntimos, contando com determinadas ocorrências e com a vontade de outras pessoas. Quando os acontecimentos e a postura daquelas não correspondem às expectativas, a pessoa tende a se frustrar, sentir-se impotente e infeliz.

A carência é o sintoma do apego às manifestações externas malogradas, como se o ser humano precisasse delas para viver, para sentir-se bem, para ser feliz. Esse erro de foco determina uma situação de dependência emocional, que contraria a essência do ser maior, do qual o ser físico faz parte.

A situação é ainda mais sofrida quando o apego envolve outro ser humano, quando ocorre uma separação entre pessoas que se amam, ou no caso de morte de ente querido. O sofrimento pela perda é produto cultural da má compreensão da plenitude da vida, que nunca se acaba e do equívoco com relação ao fato gerador da energia que comanda a vida, que reside dentro de cada um dos seres que habitam o Universo, e que não depende de um par romântico para se sustentar.

Esse é o problema! A solução vem no próximo texto, Apego - A Solução.
Até já!

TaVar