26 junho 2011

Uma pista sobre o "Destino"

Será o destino algo irremediavelmente decretado como experiência de vida pela qual temos de passar, ou destino não existe? No mundo da ignorância espiritual somos moscas tontas procurando explicação na vida terrena para verdades divinas, tentando fazer relação direta do acontecido com o desconhecido.

Mas o destino poderia ser a consequência lógica de escolhas feitas no decorrer de nosso viver, de todas nossas vidas, do tipo: o que eu fizer agora, muda a programação futura sobre aquela questão. Se for assim, nosso destino está em nossas mãos. Quer dizer, ser feliz, rico, amado, realizado depende apenas de nós.

Seria assim tão bom e tão fácil? E os nossos relacionamentos amorosos? Nosso destino era encontrar nosso atual companheiro(a), ou fomos nós que o(a) escolhemos antes mesmo de conhecermos? Ou nossa alma gêmea está para chegar? Parece muito confuso, mas parece também que a resposta para todas estas questões reside na percepção que temos do que somos.

Somos seres humanos apenas e nossa vida se resume ao intervalo do nascimento à morte, ou seríamos seres humanos, mas com uma experiência espiritual anterior e possivelmente uma próxima, ou ainda, seríamos seres espirituais, tendo uma experiência humana, ou várias experiências humanas em sequência? Uma espécie de aprendizado, aperfeiçoamento, lapidação, com relação direta entre as escolhas de agora e o resultado conseqüente.

Nesta última hipótese, faz sentido pensar em destino como resultado de escolhas anteriores e seu mecanismo um dinâmico e poderoso processador, que a cada impulso recebido, referente às decisões que tomamos em nossa vida diária, cria um cenário futuro, como resultado daquelas escolhas.

Se realmente isso funciona desse modo, meu querido leitor e leitora deste humilde bloco de rascunhos eletrônico, prestem atenção em suas próximas ações, na frases que vão dizer agora, no tipo de sentimento que enviarão a uma outra pessoa, no que irão pensar hoje à noite, na hora de deitar e no que vão sentir amanhã, ao acordar. Seus futuros depende disso.

Taddeu Vargas


25 junho 2011

Um novo amor

Por trás da fumaça do meu devaneio,
vejo a silueta do meu novo amor.
Oh, que bela e maravilhosa visão,
que chega de mansinho
e já ocupa todo o meu coração.

Não consigo ver-lhe a face
mas, vindas de seu vulto,
sinto ondas de energia,
que me envolvem num círculo
de amor e intensa e mágica alegria.

Que terei feito Senhor, de tão bom,
para merecer tamanho presente
desse sistema inteligente
do Universo e de seu criador?

Deve ser a lei de receber em dobro,
mas mesmo assim, nem tanto fiz
para me ver diante da Princesa do amor
que veio para provar que posso ser ainda mais feliz.



Taddeu Vargas



24 junho 2011

A lição do pano de prato


As grandes lições, às vezes, não se aprendem no discurso do grande especialista, nem nos livros das bibliotecas das Universidades, mas na cozinha de casa! Hoje pela manhã, quando entrei na cozinha para pegar um café, vi um pano de prato estendido na janela basculante que dá para a área de serviço, com a seguinte frase, caprichosamente bordada sobre o pano: "Eu Sou é a luz de Deus em mim".

Nada demais! É uma frase muito utilizada pelos esotéricos e pelos seguidores dos diversos movimentos de espiritualistas da chamada Nova Era, fenômeno planetário religioso verificado a partir dos anos 80/90. Eu mesmo uso muito o decreto EU SOU acompanhado de alguma expressão que designe esta Presença (Deus) como fazendo parte do meu eu, em função de minha intimidade com as lições do Mestre Saint Germain.

Mas adorei ver a frase no pano de prato, local singelo, ligado às coisas mais simples do dia-a-dia, transformado em veículo de propagação das novas verdades, ou das verdades eternas, mas apenas há pouco tempo "liberadas".

Minha surpresa foi, examinando melhor o tal pano de prato, verificar que ele era muito antigo, depois confirmado pela minha mãe, que relatou ser aquela peça remanescente do enxoval por ela montado, quando casou com meu pai. Estamos falando da década de 50.

Eu me considero um ser em processo de evolução e crescimento espiritual, inserido nesse contexto de revitalização religiosa que a humanidade vem experimentando nas últimas décadas e como tal, sofro uma tendência a pensar como um privilegiado, dono das novas verdades e grande conhecedor dos mistérios da criação, pela leitura diária da farta literatura que embalou a espiritualidade nos últimos tempos e pela prática de rituais meditativos.

O pano de prato e sua frase mágica me devolveram a humildade necessária à sequência da minha evolução, colocado à minha frente para mostrar que a verdade é uma só, que tempo não existe e que o mecanismo de percepção do divino em nós está à disposição, desde que o homem deu o primeiro suspiro no planeta.

Taddeu Vargas


23 junho 2011

O elétron e o amor


A física quântica começou a ser desenhada quando os cientistas perceberam, nos laboratórios, com os aceleradores de partículas, que a trajetória do elétron, em volta do núcleo do átomo era modificada perante observação humana. Como tudo no Universo material é feito de átomos, a constatação científica abriu a possibilidade de a consciência influir na constituição da matéria.

Os cientistas, na frente o americano Murray Gel Mann, através de pesquisas nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo material, onde provavelmente existam agentes ativos também chamados frameworkers, capazes de atuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atômica, ou seja - em outras palavras -, uma consciência, chamada também "Agente Estruturador" por vários físicos teóricos.

Eles (físicos teóricos) postulam a existência desta partícula, que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prêmio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina". Partícula essa decisiva, pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.

A teoria quântica das supercordas, defendida por um dos mais respeitados físicos da atualidade Edward Witten, do Institute for Advanced Study, de Princeton, EUA, diz que os "quarks", menor partícula subatômica conhecida, estariam ligados entre si por supercordas, que, de acordo com sua vibração determinam as qualidades físico-químicas da partícula em questão. Conforme as vibrações dessas "cordinhas" são criados átomos de hélio, oxigênio, hidrogênio, etc., que por sua vez, se agregam em moléculas, originando compostos cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos onze dimensões.

Assim, simplificando, com o cuidado necessário, por se tratar de matéria científica, o pensamento e o sentimento podem influir no que se tinha por abstrato, a matéria. Isso muda tudo, ou não! O Mestre Jesus, em sua passagem por nosso planeta deixou isso bem claro, com direito a várias demonstrações, inclusive ressuscitando um morto.

Manjaram?

Para mim, a partícula que os cientistas estão procurando pode ser encontrada no sorriso de uma criança, no carinho de uma mãe com seu filho, num botão de rosa se abrindo, no sol nascendo...e em tantas outras manifestações da vida. O nome disso é AMOR!

Como disse Saint Germain, falta pouco para o homem enxergar o que está por trás do véu.

Taddeu Vargas


A Partida


Foto: Haroldo Palo Jr.
Chegou o dia de partir, ou repartir!

Partir para onde um lado do meu coração indica, apesar da reclamação do outro,  que quer ficar. De coração partido, e repartido, pela partida, mas com uma parte de viagem marcada para um grande encontro. Um reencontro! Que pode harmonizar os dois lados da morada do amor, ritmar seus tuns-tuns e repatriar o equilíbrio.

Se esse mesmo coração aguentará outra separação com o advento das novidades, dentro de alguns dias, somente estes nos dirão. E, de qualquer jeito, repartido estará.

Nossa casa, nossa gente, nossos amigos e inimigos são familiares e nos fazem bem. Retornar é como vestir uma roupa usada, pode não ser tão emocionante, mas é confortável. Parece uma cena vista diariamente, passa para dentro de quem observa e pode então ser vista dos dois lados.

Quase aconteceu isso com as araucárias! Embora a tela ainda viva esteja, perde nitidez com o tempo, implacável suavizador de emoções.



Taddeu Vargas



05 junho 2011

Super-Heróis

O sujeito que criou o primeiro personagem ficcional do tipo "super-herói",  deu uma grande sacada, há muito tempo atrás - estima-se que o primeiro super-herói foi criado no início do século XX -, mas a sociedade tecnológica pós-moderna ainda não assimilou, ou se entendeu, não acreditou.

Sua ficção baseou-se em exemplos da vida real das pessoas, pois temos, literalmente, tantos poderes, quantos detém todos os super-heróis criados até hoje.

Nós voamos, com a velocidade do pensamento, mais velozes, portanto, que o Superman, quando, à noite, utilizando um de nossos corpos - o etérico -, nos deslocamos na direção de nosso aprendizado, nos chamados sonhos, nesta e em outras dimensões.

Comparada ao nosso poder de perceber, à distância, situações que nossos sentidos humanos não detectam, a visão de Raio X de alguns dos super-heróis é um atributo antiquado e incompleto. Cada um dos super-poderes atribuídos a estes personagens, têm correspondentes em nossas potencialidades, com desvantagem, pois os nossos vão além da imaginação dos criadores daqueles seres de ficção.

A força de que dispomos é infinita e perfeitamente adequável para qualquer tipo de situação.

São cada dia mais comuns os relatos de ocorrências ditas anormais, paranormais, ou tidas como impossíveis de acontecer, protagonizadas por seres humanos. Alguns dos seres que habitam o planeta começam a desenvolver estas habilidades, estes poderes, que outros já utilizaram, sem saber que os detinham, em situações de extrema necessidade.

Pensamos que o primeiro passo para descortinar estes místicos atributos, é tirar o foco de nosso corpo físico. Ele representa muito pouco de nosso ser. É a parte menos evoluída, mais densa, mais limitada. Mas faz parte do conjunto e tem funções específicas no processo de evolução do ser maior que somos. Entretanto, temos que nos permitir viver nossas outras realidades, descobrir e testar nossas possibilidades... buscar nossa outra identidade. taddeu vargas taddeu vargas 
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Não conheço melhor caminho para isso do que a meditação. No silêncio da introspecção descobrimo-nos seres poderosos, perfeitos, amplos, diversificados... e reais.


Taddeu Vargas



04 junho 2011

O sequestro da Donzela


A escuridão da madrugada definia o layout da costa do atlântico, já próximo do continente. Deus, o barco e o marujo lutavam muito para convencer o mar a deixá-los navegar, nas ondas daquela vontade de encontrar a Donzela fugidia, que na laguna da vida se escondia, impedindo o amor de acontecer.

O amor e a saudade dela, a escamar o coração do homem do mar, foram mais fortes que o medo de enfrentar a distância, a noite, as ondas, que mais pareciam alçadas pelos inimigos da intenção do marujo. Mesmo assim, chegar até a praia parecia ser a parte mais fácil da viagem. taddeu vargas taddeu vargas taddeu vargas ddeu vargas taddeu vargas taddeu vargas
A mais difícil seria convencer o senhor dos sonhos a adaptar o enredo, para depois transformá-lo em realidade. Nele, a Donzela esquiva, com medo de amar, lutaria contra seus medos antes de embarcar com o marujo e singrar os mares nem sempre calmos de uma relação de quatro olhos, dois corações...e apenas uma cama!

No devaneio, o marujo já se via navegando de volta com a Donzela...o barco e Deus. Sentado na proa da nau ele buscava entender se realmente tinha dobrado o destino, e enganado a insistente ausência da mulher amada, ou se aquilo era mesmo um sonho.


Hoje ouço a bela baiana cantar "que essa tempestade um dia vai acabar" e lembro da noite que gostaria de ver a tempestade me acordar e ver ao meu lado, no barco que embala meus sonhos, o meu amor, a me olhar .



Taddeu Vargas