Quando nos damos conta de que as "vozes" que "ouvimos" podem ter duas origens distintas, ou seja, que nossos pensamentos podem vir de nosso ego ou do nosso ser superior, surge a dúvida da procedência e com isso a insegurança quanto a seguir ou não a recomendação, ou o alerta. Por exemplo: há dias que venho tendo insights sobre escrever sobre esse assunto e estava com dificuldades de estabelecer a origem do pensamento. Hoje, quando procurei em meu caderno de anotações, que mantenho na cabeceira da cama, a primeira frase que li foi uma alerta para a elaboração deste texto, que eu tinha anotado há dias atrás.
Assim que abri o bloco de notas para iniciar a redação, recebi um pensamento no sentido de verificar textos anteriores relacionados ao assunto desta crônica e fui verificar. Ao rolar a página em busca de uma crônica relacionada, meu olhar fixou o texto "Construindo textos com Teddy", na parte final, onde está escrito: "Na próxima crônica vamos aprender a diferenciar as intuições, as dicas de nosso eu superior, das formulações do ego, aquelas manifestações da personalidade, que procedem da mente humana (o Teddy me "falou" isso agora). Esta questão é muito importante e causa muita confusão no início desse caminho que nos leva ao centro de nosso eu, onde mora nossa divindade".
O Teddy não havia esquecido que tínhamos que voltar a este assunto e ficou-me enviando alertas sobre isso, até que eu me desse conta de retomá-lo numa próxima crônica. Como eu não dava sinal de recepção da recomendação, hoje ele pegou pesado e providenciou logo duas coincidências positivas, ou sincronicidades - a frase que li no caderno de anotações e a indicação do texto que transcrevi parte acima - para não deixar dúvidas sobre quem estava enviando a mensagem.
O grande segredo para lidarmos com essa dificuldade é prestar atenção em nossos pensamentos. Anotá-los, classificá-los e descrever as circunstâncias em que ocorrem. É comum estarmos com sentimento de medo e termos pensamentos relacionados com esta emoção e as possíveis consequências que podem advir em nosso prejuízo, ou de familiares, ou mesmo que envolvam projetos ou trabalhos que estejamos desenvolvendo.
A partir do mapeamento do ambiente mental vigente no momento em que o pensamento emergiu, poderemos elaborar um juízo de valor sobre a procedência da informação. Se ele menciona um assunto ou uma situação completamente diversa de todos os pensamentos nos quais estávamos focados. Se ele – o pensamento - faz uma referência a uma questão com a qual não estávamos lidando naquele momento, nos pegando de surpresa com uma abordagem inesperada, é quase certo que nosso eu superior esteja nos chamando a atenção para um assunto que devemos verificar.
As sincronicidades, ou coincidências positivas, são outro indicador seguro da tentativa de comunicação que nosso eu superior está empreendendo. Ocorrências repetidas – exemplo dos insights sobre esta escrita -, encontros seguidos, as vezes no mesmo dia, com pessoas que há muito não vemos, pensamento sobre determinada pessoa que nos telefona, ou envia uma mensagem logo a seguir e outras tantas “coincidências” do nosso dia-a-dia, são indicações do eu superior de que aquela questão nos interessa; de que aquela pessoa indicada na coincidência tem algo a nos dizer, ou precisa ouvir alguma coisa de nós.
Pela relevância do assunto, voltaremos a ele nas próximas crônicas, tentando trazer exemplos práticos de manifestações de nossa metade mais inteligente.
TaVar