29 maio 2011

Domingo da Paixão

O amor humano é uma salada de sentimentos, posturas e atitudes em relação à pessoa amada. A paixão faz parte desta salada de emoções, pelo menos no início da relação, ou... quando é servida aos dois participantes deste banquete emocional!

Apenas a paixão, e não o amor, poderia levar um compositor a construir uma sentença, na letra da canção que ouço na manhã deste domingo: "...eu preciso respirar o mesmo ar que te rodeia". A emoção que deflagrou a criação genuína, que construiu a linda e perfeita declaração pertence ao conjunto do amor, mas seu nome é Paixão.


Quando Michael Sullivan e Paulo Massadas compuseram "Um Dia de Domingo", imortalizada na interpretação de Gal Costa e Tim Maia, criando a frase citada, um deles pelo menos, o letrista, tinha no peito um coração desgovernado pelo comando mental de forte e vibrante emoção.


O amor é uma brisa leve, ao contrário da tempestade da paixão, como na letra do imortal Lupicínio Rodrigues, em "Volta", que ouço agora na voz de Fábio Junior: "...Volta; vem viver outra vez ao meu lado, não consigo dormir sem teu braço, pois meu corpo está acostumado".


A primeira vista, parece que o ideal do relacionamento humano seria o amor apaixonado, ou seja, a imagem da constância, do equilíbrio e da parceria do amor conjugal, com o fundo vermelho ardente da paixão vibrante, momentosa e desequilibrada.


Mas será que isso existe? Será que esse processo não se dá como a maturidade pessoal, que substitui os destemperos dos viçosos fios e provocantes formatos dos cabelos jovens, pelos bem penteados e prateados da idade madura?


Quando falo em amor humano, é para diferenciá-lo do amor incondicional, que brota no pulsar do átomo e que sustenta a expansão do Universo. Este amor é causa e suporta todas as consequências das maiores loucuras humanas, inclusive as da paixão.


Um bom "Dia de Domingo".



Taddeu Vargas

28 maio 2011

Mar à vista

De volta à janela de onde enxergo o mar, afinal, lugar de marujo é nele, ou perto dele! Daqui vejo mais que o mar; vejo o que o ele construiu à sua beira: casas, ruas, praças, negócios, rotinas, carreiras, expectativas, emoções! Uma cidade, uma comunidade, uma história!

O cenário é comum, repete-se planeta afora, nas comunidades formadas à beira-mar. O incomum é minha absoluta alegria por estar aqui. Nem no calor da criação do maior dos meus devaneios, tendo como tema o mar, percebi que sua influência sobre meu estado de espírito fosse tão definitiva.

Estou aqui por causa do mar, pivô da trajetória deste marujo aprendiz de escritor, que a ele retorna para buscar conselhos, que irão definir a sequência da caminhada. Há muito tempo que funciona assim. Sempre que algo importante está para acontecer é próximo ao mar que venho me esclarecer.

A razão da supremacia planetária está na quantidade de energia divina pouco alterada pelo homem, que o mar contém. Claro que a falta de consciência ecológica faz uma força danada para acabar com isso. E não é somente o desmando ambiental que produz alteração da pureza da energia da criação. A postura emocional da sociedade humana também interfere no ambiente, desqualificando o perfil da energia eletrônica que mantém o sistema em perfeita harmonia e funcionamento.

No entanto, pela sua grandeza física e pequena densidade demográfica, pois não são tantos os embarcados, em proporção aos não-marujos nessa vida, a energia divina pura à disposição nos oceanos ainda é muito expressiva, tranformando esse ambiente em altamente "fornecedor" da luz pura de Deus.

Particularmente vou aproveitar esses momentos de exposição à energia universal para absorver a paz e a luz necessárias para este momento significativo de minha vida. Ah! Vou também aproveitar para concluir alguns escritos que ficaram inacabados, não por interrupção do enredo criador do texto, mas por força da necessidade de foco no trabalho, ladrão do tempo sagrado da criação, ou seria do templo?

Um belo final de semana e um beijo carinhoso em você leitor(a).

Taddeu Vargas