O amor humano é uma salada de sentimentos, posturas e atitudes em relação à pessoa amada. A paixão faz parte desta salada de emoções, pelo menos no início da relação, ou... quando é servida aos dois participantes deste banquete emocional!
Apenas a paixão, e não o amor, poderia levar um compositor a construir uma sentença, na letra da canção que ouço na manhã deste domingo: "...eu preciso respirar o mesmo ar que te rodeia". A emoção que deflagrou a criação genuína, que construiu a linda e perfeita declaração pertence ao conjunto do amor, mas seu nome é Paixão.
Quando Michael Sullivan e Paulo Massadas compuseram "Um Dia de Domingo", imortalizada na interpretação de Gal Costa e Tim Maia, criando a frase citada, um deles pelo menos, o letrista, tinha no peito um coração desgovernado pelo comando mental de forte e vibrante emoção.
O amor é uma brisa leve, ao contrário da tempestade da paixão, como na letra do imortal Lupicínio Rodrigues, em "Volta", que ouço agora na voz de Fábio Junior: "...Volta; vem viver outra vez ao meu lado, não consigo dormir sem teu braço, pois meu corpo está acostumado".
A primeira vista, parece que o ideal do relacionamento humano seria o amor apaixonado, ou seja, a imagem da constância, do equilíbrio e da parceria do amor conjugal, com o fundo vermelho ardente da paixão vibrante, momentosa e desequilibrada.
Mas será que isso existe? Será que esse processo não se dá como a maturidade pessoal, que substitui os destemperos dos viçosos fios e provocantes formatos dos cabelos jovens, pelos bem penteados e prateados da idade madura?
Quando falo em amor humano, é para diferenciá-lo do amor incondicional, que brota no pulsar do átomo e que sustenta a expansão do Universo. Este amor é causa e suporta todas as consequências das maiores loucuras humanas, inclusive as da paixão.
Um bom "Dia de Domingo".
Taddeu Vargas
Apenas a paixão, e não o amor, poderia levar um compositor a construir uma sentença, na letra da canção que ouço na manhã deste domingo: "...eu preciso respirar o mesmo ar que te rodeia". A emoção que deflagrou a criação genuína, que construiu a linda e perfeita declaração pertence ao conjunto do amor, mas seu nome é Paixão.
Quando Michael Sullivan e Paulo Massadas compuseram "Um Dia de Domingo", imortalizada na interpretação de Gal Costa e Tim Maia, criando a frase citada, um deles pelo menos, o letrista, tinha no peito um coração desgovernado pelo comando mental de forte e vibrante emoção.
O amor é uma brisa leve, ao contrário da tempestade da paixão, como na letra do imortal Lupicínio Rodrigues, em "Volta", que ouço agora na voz de Fábio Junior: "...Volta; vem viver outra vez ao meu lado, não consigo dormir sem teu braço, pois meu corpo está acostumado".
A primeira vista, parece que o ideal do relacionamento humano seria o amor apaixonado, ou seja, a imagem da constância, do equilíbrio e da parceria do amor conjugal, com o fundo vermelho ardente da paixão vibrante, momentosa e desequilibrada.
Mas será que isso existe? Será que esse processo não se dá como a maturidade pessoal, que substitui os destemperos dos viçosos fios e provocantes formatos dos cabelos jovens, pelos bem penteados e prateados da idade madura?
Quando falo em amor humano, é para diferenciá-lo do amor incondicional, que brota no pulsar do átomo e que sustenta a expansão do Universo. Este amor é causa e suporta todas as consequências das maiores loucuras humanas, inclusive as da paixão.
Um bom "Dia de Domingo".
Taddeu Vargas