28 junho 2010

É Teddy, não Ted!

taddeu vargas
Antes de me responder as perguntas da sessão matutina, ele fez questão de esclarecer que seu nome é Teddy, e não Ted, como eu o chamava. Não que fosse importante para ele, segundo o próprio, mas pela publicidade da nossa relação, e pelos desdobramentos dela, já que externo por aqui nossos papos, com nome e sobrenome.
Perdoem-me os leitores mais assíduos, todavia tenho que explicar aos recém chegados que Teddy é o meu ser interior, o sujeito espiritual que me habita. É o cara que escreve o que tem de melhor nos "meus" textos.
Foi uma madrugada de correções e puxões de orelha, mas produtiva ao final.
Depois de corrigir a ortografia de seu nome, me perguntou o porquê de passar dias sem colocá-lo para redigir minhas crônicas, ou dele! Tentei explicar que era o trabalho, a atenção voltada para a criação de textos profissionais, etc. Não convenci nem ele, nem eu!
Mas, a sacudida produziu efeitos, tanto que estou aqui outra vez, dando vasão aos pensamentos e sentimentos que estavam hospedados há um bom tempo, pedindo pra sair e fazer parte do mundo real, ganhando forma escrita e visível, quem sabe até colorida!
Os devaneios da madrugada perguntaram sobre a data do lançamento do livro Cem Crônicas, pela redação das últimas crônicas, revisão geral e demais providências. Este foi o clima do amanhecer: correções, cobranças e decisões que resultam na retomada da disciplina redacional, tão desbotada nestes tempos de novos projetos profissionais no topo das atividades, combinados com a inevitável pauta esportiva da Copa do Mundo.
Ficou decidido que vamos estar aqui diariamente, a partir de hoje, contando o cotidiano da nossa relação (Taddeu & Teddy). Com isso cumprimos o maior de todos os compromissos assumidos, que é dar a conhecer a experiência de viver intensamente a vida, do ponto de vista do meu ser interior, sem perder a identidade e o dia-a-dia prazeroso da vivência humana. De quebra, vamos produzindo os textos que faltam para concluir o Cem Crônicas. Legal né?
Até amanhã!
taddeu vargas
TaVar

13 junho 2010

Faça como Dunga: Não use craque!

taddeu vargas
A pauta é, inexoravelmente, a Copa do Mundo!
E resolvi escrever a crônica logo, antes que o Brasil esteja de volta e o assunto caduque. Infelizmente fomos (nós brasileiros) vítimas de alguns equívocos da CBF e também da fatalidade, mas o certo é que o time do Brasil não deve chegar às fases finais da primeira Copa do Mundo do continente africano.
O primeiro equívoco foi contratar um ex-jogador de futebol e não um técnico para dirigir o escrete brasileiro. Temos pelo menos dez profissionais de excelente qualidade e que poderiam estar agora em Joanesburgo, à frente da preparação tática e técnica da seleção brasileira de futebol.
A culpa não é do Dunga. Ele foi convidado pelo Sr. Ricardo Teixeira, inventor do Dunga como técnico de futebol. Como dizia meu avô: "Quem inventa é inventor".
Ocorre que a escolha do Dunga e a fatalidade (Kaká em mau momento de condicionamento técnico) acabaram com as chances de trazer o hexa para o Brasil.
Nas cinco copas do mundo ganhas pelo Brasil tínhamos técnicos de futebol e craques no time, fenômenos do esporte bretão que fazem a diferença na hora da decisão, senão vejamos:

Copa de 1958
Técnico: Vicente Feola e jogadores como Pelé, Vavá, Zito, Mazzolla, Garrincha, Didi, Gilmar, Zagallo, entre outros.
Copa de 1962
Técnico: Aymoré Moreira e praticamente os mesmo jogadores da copa anterior. Nesta copa Pelé se machucou e aí Mané Garrincha chamou para si a responsabilidade e entre outras que aprontou, dizimou o English Team pelo escore de 3 a 1. No dia seguinte, os jornais ingleses estampavam: "Mané Garrincha é um extra-terrestre"
Copa de 1970
Técnico: Zagallo e jogadores como Clodoaldo, Gerson, Rivelino, Paulo César Caju, Jairzinho, Pelé e Tostão.
Copa de 1994
Técnicos: Parreira e Zagalo e craques do porte da dupla Bebeto e Romário
Copa de 2002
Técnico: Luiz Felipe Scolari e os fenômenos Rivaldo e Ronaldo, este artilheiro da copa com 8 gols.

Em 2010 temos um técnico que nunca treinou um time de futebol e Kaká, o único jogador realmente diferenciado na seleção está com menos de 50% de capacidade técnica, para desenvolver o seu futebol. Os craques que poderiam inventar uma forma de ganharmos a copa, como fizeram os gênios que escreveram a história das cinco conquistas do futebol brasileiro, ficaram de fora. É o caso de Ronaldinho Gaúcho, Paulo Ganso, Neymar e mais uns dois ou três meninos que ficaram no Brasil, e vão assistir pela TV o fiasco que se prenuncia.
Mesmo assim vamos torcer para que ocorra um milagre e surja das entranhas do imponderável a sexta conquista brasileira no futebol. Se isso não ocorrer, teremos a compensação da viabilidade de uma faxina na CBF, com a substituição do senhor do futebol brasileiro e inventor Ricardo Teixeira.
taddeu vargas
TaVar

Ps. A frase-título do post não é minha. Foi veiculada em out-doors na cidade de Campo Grande, MS, por um grupo de empresários e aficcionados por futebol.