26 fevereiro 2007

O Amor que eu vi


Um dia eu vi o amor, na minha frente. Na verdade eu senti,...e vi. O amor veio com ela e sentou na minha frente. Eu senti que ele estava ali porque de repente faltou espaço... pra ele. Em mim não cabia e o local era pequeno para que ele se acomodasse. Hoje penso que talvez eu não merecesse mesmo tanto amor. Se eu fosse maior ou pensasse maior...ou criasse em mim ou próximo a mim um local onde pudesse abrigar os dois, eu estaria agora transbordando de amor...e ao lado dela. De lá pra cá, vi paixão, senti carinho, pensei que estava amando, mas todos esses sentimentos lindos couberam no meu coração. Todavia, é só pensar naquela noite... , que falta espaço, falta ar, falta entendimento. A mente não consegue elaborar uma explicação razoável para aquele instante de amor agudo, explícito, embriagador...Sei que viverei muito sem ele, mas quanto mais viver, mais vou sonhar, e na irrealidade dos sonhos encontrarei o que a vida real me negou; e lá não falta espaço, não precisa de ar e o entendimento é puro sentimento... de amor!
taddeu vargas

25 fevereiro 2007

Estrondo

Domingo, 25 de fevereiro de dois mil e tal...8h18min. Há pouco repicaram os sinos da catedral, que fica a duas quadras. Como faço sempre aos domingos, já há uns 15 anos, estou ouvindo a canção "Um dia de Domingo", com o Tim e a Gal. A madrugada foi legal, reveladora, cúmplice, silenciosa... até demais! Lembrou o silêncio que antecede os grandes estrondos. Talvez seja a chegada do pessoal da praia.
Hoje é dia de planejar o ano de 2007, ou melhor, preparar-se para viver as conseqüências de nossas escolhas anteriores e que vencem nesse período... e fazer de conta que tínhamos previsto as coisas boas que irão acontecer e eleger o culpado pelas ruins. Ou será que o ano passado e o princípio desse nos ensinaram que nada nesse mundo nos acontece, sem que tenhamos previamente escolhido? nem mesmo a morte! Ora, se é assim, por que então não nos contaram antes que somos nós mesmos que determinamos o que nos advém?! Talvez seja esse o segredo!...ou não!! Início de século incrível esse. Estamos nos dando conta de tanta coisa que o passado nos escondeu. Pena que uma das descobertas recentes da sociedade humana seja a de que perderemos nosso lar em breve, mas essa foi apenas mais uma de nossas escolhas! Enquanto o planeta tenta absorver e perdoar os golpes recebidos, vamos então à nossa agenda anual, afinal acabou o veraneio...e o carnaval!
taddeu vargas

19 fevereiro 2007

O Tempo

Não lembro em que vida, mas tudo começou quando você insinuou que devíamos esperar...um tempo! mas quanto é um tempo? Pode não ser; pode ser um instante...uma eternidade, embora entre esses dois exista apenas um clic...mental, emocional! O que separa duas pessoas que se amam é menos que um clic, ainda que vivam vidas diferentes...em tempos diferentes;
por que o amor é real, e o tempo não existe!
A linha que divide o tempo que as separa é invisivel para os olhos do coração, que enxerga as duas verdades, como se fossem uma só...e elas o são! A ilusão da distância e da temporalidade que impõe a separação existe apenas na mente dos desnamorados. Os que se amam, far-se-ão juntos pela intensidade do sentimento e pela percepção do destino maior que os une, mesmo que o tempo e a distância, ardilosamente, tentem convencê-los que isso não é possível. Por isso...te esperarei meu amor.

taddeu vargas

11 fevereiro 2007

Volta!


Hoje escutei uma música antiga, que quase vi ser composta...Foi numa noite mágica, que começou quando a escuridão acobertou uma fuga pela janela e terminou com o jovem marujo sentado na mesa do bar, deslumbrado, vendo e ouvindo o mestre da dor de cotuvelo cantar "Volta"! quando acabou, eram 6 da manhã, na Avenida Cristovão Colombo e o dia já chegara. Relembrando aquele momento único, vejo que ainda sofro do mesmo mal, pois continuo esperando que ela volte. Talvez tenha vindo e eu não tenha percebido... será que isso é possível? Pior! como dizem meus filhos! Ela deve ter sorrido e seus olhos falaram...voltei! mas eu não escutei, nem vi! como naquela quase manhã, na mesa do batelão... embriagado pela eternidade daquele agora!
taddeu vargas

04 fevereiro 2007

Porto Alegre

Domingo, 4 de fevereiro de dois mil e poucos...35 graus à sombra dos ipês roxos floridos da rua duque de caxias, centro da cidade que me ensinou a viver. Nos finais de semana de verão, com as pessoas e seus automóveis na praia, de férias, os ônibus nas garagens...Porto Alegre fica à vontade para respirar, se mostrar, e viver os melhores de seus dias. Pela lógica eu deveria estar na praia, mas as minhas escolhas me postaram aqui, junto às flores caídas do centenário ipê, que anunciam que o verão, como qualquer outra coisa, acaba....e o outono assalta nossas vidas impondo velhas e novas verdades e assim transcorre a vida. Muitas vezes estive no local "lógico" de se estar naquele momento, mas paradoxalmente, hoje que não estou, consigo entender melhor as necessidades humanas e seus conceitos de felicidade...e estou feliz. Eu e Porto Alegre! Parece que estamos sós aqui...mas estamos bem! Quem sabe no outono eu me mude, pois a cidade precisa permanecer! mas pra onde vou? Não importa onde se esteja, pois sabemos, eu e ela, que, da gente...não dá pra se mudar.
taddeu vargas

A Criação

A criatividade vem de um ponto intangível do nosso ser, incerto e desconhecido. Brota como uma nuvem de luz branca infinitamente inteligente que penetra no breu da ignorância humana fazendo-nos parecer Deuses da capacidade criadora. A meditação ativa um imenso laboratório de mágicas idéias como se nos transportássemos a um mundo de fantasias, onde o impossível reside e atende pelo nome de "está feito".
taddeu vargas