25 abril 2011

Segunda-feira


Hoje é um dia especial, dia de despertar com excesso de expectativa! Isso acontece nas segundas-feiras! Acordo cheio de uma energia motivadora, renovadora, visionária!

Tudo começou na metade dos anos 90, quando comecei a perceber que nada que me acontecia derivava de coisas que eu mesmo não tenha "solicitado", via postura emocional diante da vida. Ou seja, a colheita de situações, vivências, companhias, alegrias e tristezas decorrem diretamente dos meus pensamentos e conseqüentes sentimentos, nos 7 dias das minhas semanas.

As segundas-feiras eram chatas, sonolentas, quase depressivas e os seguintes dias da semana fluíam parecidos, até o final de semana raiar, quando uma espécie de anestésico emocional fazia a alegria voltar, a auto-estima revigorar, a esperança de felicidade retornar, muitas vezes no embalo da bebida, mas sempre relacionadas a atividades físicas, festivas, gastronômicas!

Foi quando percebi que não podia ficar refém do final de semana, e jogar fora a maior parte de minha vida, consubstanciada no somatório dos dias de semana mal aproveitados, infelizes!

Comecei a planejar minha semana, dia por dia, desde a segunda-feira, o mais importante de todos eles, já que acabou se transformando na base operacional, na porta de entrada da agenda semanal. Desse modo, comecei a curtir a 2ª feira e na seqüência os outros dias da semana se tornaram importantes, em respeito aos compromissos lá assumidos.

A agenda contém tudo que eu quero associar a minha vida. Todas as experiências que quero viver e os bens materiais e imateriais que desejo agregar à minha estada aqui na terra. O domingo virou dia de balanço, de avaliação dos resultados obtidos e de reflexão para a agenda da semana seguinte.

Junto com esta mudança de postura vieram os insights mostrando como aproveitar melhor os dias, as experiências, a vida!

O Universo sempre responde às nossas atitudes, de modo infinitamente sábio, proporcionando aquilo que necessitamos a seguir, de acordo com nossas escolhas anteriores. É um parceiro que responde às nossas posturas indicando os passos seguintes.

Depois de um tempo, lá estava eu planejando minhas semanas no mês...a primeira é a base da demarcação dos objetivos mensais que vou alcançar... Na seqüência foram os meses do ano!

Assim, o ano em curso está eleito como o período mais produtivo e feliz da minha vida.

Viva a Segunda-feira, o dia mais importante da semana!

Uma boa segunda-feira para você meu leitor!

TaVar

16 abril 2011

No Meio da Vida


Hoje vamos falar da vida terrena. Mas como de costume, do meio pra frente, o texto viaja por outros mundos. Às vezes parece tudo a mesma coisa, mas isto é história pra outra crônica. O assunto desta é a data (16 de abril), que marca a metade da trajetória deste marujo, aqui nesta vivência terrestre.

Não sei quando foi, mas não faz muito tempo que descobri a data da minha partida deste mundo, ou que inventei, não importa. O importante é que está marcada. Depois da definição tudo ficou mais fácil.

O planejamento se viabiliza quando se tem um termo final. A partir dele, fica fácil estabelecer prioridades, agendar tarefas de início, meio e fim, enfim, desenhar as imagens que vão compor o caminho, como as paisagens, outdoors, personagens e demais componentes da estrada da vida, neste caso, da minha vida.

Engraçado, dirá você! - Você mesmo! Ou será que tem mais alguém aqui nesta parte do texto além de eu e você? - Sendo hoje dia de comemorar a vida, esteja eu falando de morte!

Bem, temos que recuperar alguns conceitos de posts anteriores para entender bem isso. Num deles tem uma frase que marca muito minha idéia sobre morte física: “A vida é o eterno alento, do qual a existência terrena é um evento!”

Do meu ponto de vista, os três dias mais importantes da minha vida (terrena) são: o dia da minha partida (o mais importante deles), o da chegada (nascimento) e o dia de hoje - o meio da minha vida! Nesta ordem!
O dia da chegada a gente escolhe antes de nascer, o da partida, podemos e devemos escolher durante o percurso. O meio da vida é uma escolha da matemática, uma simples operação aritmética.

Entendeu porque o dia da partida é o mais importante dos três? Ele é fruto do seu processo de entendimento da vida, que se faz no modo consciente, a bordo do corpo físico e da mente humana. É você quem decide, através de seus atos, pensamentos, sentimentos.

Sua evolução como ser espiritual, vestindo o ser físico que você é, aqui no planeta, determinará quando você vai partir.

A grande vantagem da meia idade é saber como terminar bem uma jornada da vida, ao contrário da primeira parte dela, que deixa a impressão de não sabermos bem como chegamos até aqui. Os jovens não lidam bem com essa idéia, pois entendem que a melhor é a que estão vivendo. Mas o Universo é compassivo e dará chance a grande parte deles, de mudar de opinião.

Amanhã será meu primeiro dia na segunda metade. Um renascer! No entanto, diferentemente do nascimento anterior, carrego agora todas minhas impressões da existência até aqui. É um banco de dados imenso depositados na memória, que serão utilizados, junto com as informações do Teddy (meu ser interior), na seqüência da minha existência aqui na terra.

TaVar

08 abril 2011

Desafio do Desequilíbrio


Dei esse nome a uma difícil decisão que tomei há algum tempo atrás. O equilíbrio era a vida focada no Ser Interior, que eu levava à época, deixando ao externo pouco espaço, a ponto de relegar à quase indiferença o lado social e a companhia feminina.

Vivia meu mundo meditativo, meu trabalho e meus filhos. Eu sabia que era uma fase temporária, e que em algum momento iria desestabilizar esse status quo, na tentativa de ampliar minha experiência de vida nesta existência, mas aconteceria somente quando esse novo conjunto de coisas redundasse em equilíbrio. 

O desequilíbrio natural, que se impõe por força de alterações importantes no modo de vida, era o agente desafiador. Com a percepção de que se aproximava o símbolo destas mudanças, a mulher que colocaria as teorias do estudante de espiritualidade à prova, forjei a emblemática expressão - "desafio do desequilíbrio" -, para demarcar o terreno sobre o qual caminharia meus novos dias.

Aquela não era uma aproximação comum. Tudo conspirava para dois grandes acontecimentos terem vez, a partir dela. Além do reencontro dessas duas metades, os pilares de uma obra da grandeza que apenas as almas criam podia deixar a prancheta do etéreo e vir habitar o mundo da matéria. Entretanto, em vez de tudo isso, o livre arbítrio votou por um final diferente, para mais esse enredo da vida, descosturando a cabala planejada por Aquele que tudo sabe.

Todavia, a dinâmica da criação persegue o feito, mirando a frente, tirando o foco do desfeito. Talvez daí surjam mais de dois eventos, agora que os pólos por si só criam novos desfechos que consagrarão seu fado.

Ficam saudade, gratidão, respeito, amor... e destemor, pois o medo (desafio) foi enfrentado.

TaVar

05 abril 2011

As perdas...e a Vida!

Nos últimos meses os noticiários da mídia mundial têm relatado, com uma frequência jamais observada, tragédias com perda de vidas humanas e prejuízos materiais de monta absurda, por ação da natureza.

São catástrofes ambientais por excesso de chuvas, ventanias, ciclones, furacões, terremotos, tsunamis e os terríveis legados deixados por esses fenômenos, que disseminam doenças e epidemias que acabam por levar quase mais vidas humanas do que as próprias tragédias.

Parece que não existem mais dúvidas da relação direta entre a ação do homem e os desastres ecológicos que testemunhamos diariamente. As incertezas que restam dizem respeito ao tamanho do estrago produzido e se ainda há tempo de evitar uma magna hecatombe planetária.

De certo modo, a sociedade humana assiste, quase inerte, a perdas de vidas, que somadas e se acumulando vão acabar por produzir os mesmos números das grandes guerras mundiais, sem que fiquem visíveis os lados opostos desse embate.

O que fica cada vez mais claro é a impotência dos organismos ambientalistas, diante dos governos dos países desenvolvidos e dos segmentos econômicos interessados na manutenção de práticas consideradas lesivas ao ambiente, por aqueles.

Do ponto de vista humano, a situação é essa. De um outro ângulo essa questão tem uma leitura distinta. À vida não importa o que o homem faz ou deixa de fazer, porquanto ela segue seu curso adicionando essas experiências à evolução do Universo.

A morte não afeta a vida. Muito menos as possíveis, e pelo visto, irremediáveis alterações físicas planetárias.

O Alento Divino que temporariamente habita os seres humanos não conhece o falecimento, assim como qualquer ser vivo. Composto de uma espécie de energia eletrônica, nosso Ser Interior sobreviveu e sobreviverá a qualquer tipo de catástrofe do mundo físico, pois não pertence a ele.

Assim, continuaremos, todos nós, a empreender a trajetória em direção à Luz Maior, independente dos episódios de nossas experiências físicas, inclusive uma possível grande catástrofe ambiental em nosso planeta.
Entretanto, nossas ações aqui no mundo físico, por força de escolhas que fazemos no dia-a-dia, têm relevância na sequência da nossa vida imortal.

Em qualquer tempo ou lugar de nossa experiência de vida, levaremos conosco o extrato de nossa trajetória ao longo dela. Os débitos e créditos em relação à vida vão formatando um histórico energético que faz parte de nosso ser, que muitos denominam de carma.

Aproveitemos, então, esses primeiros dias do ano novo que se ergue, para fazer uma avaliação de qual tipo de contribuição estamos dando à vida...e ao nosso carma.

TaVar

03 abril 2011

Foco no invisível


O sentimento não é físico, logo é invisível! Pelo menos enquanto permanecerem vigentes os paradigmas visuais atuais. Parece evidente e sem importância, prefácio de mais uma viagem do marujo maluco que assina a presente. Parece, mas não é!

Veremos agora porque, continuando o raciocínio da crônica anterior (se você chegou agora, seria importante parar aqui e ler o texto "Você é Você"), cuja expressiva audiência de visitantes, com ou sem comentário, desde já agradeço (na edição e reedição).

Quem nos vê, pessoalmente, enxerga nosso físico. Quem nos lê, "enxerga" nossos pensamentos, nossos sentimentos.

Minha tese é de que nos dois casos a leitura não é a mesma. Logo, não somos o que pensamos e sentimos, certo? Ou será apenas um jogo de palavras? Ajudem-me! Se minha teoria estiver correta, estamos, para usar uma linguagem naval, remando a favor da correnteza,... direto para a cachoeira!

A questão é de foco! (eta palavrinha que vai gastar)

Sim, é da nossa cultura ocidental focar o corpo e o ego! Esta dupla errante é responsável por quase toda a nossa atenção, sendo que a segunda não nos larga nem durante o sono, nos sonhos.

Só para lembrar, a outra maneira de nos ver, enxerga um ser maior, mais antigo, mais sábio, mais feliz. Só que é invisível para nossos olhos humanos. Se juntarmos isto à nossa tendência a prestarmos atenção no que está mais acessível, entenderemos melhor nossa cegueira espiritual.

É por isso que no mundo virtual parecemos outra pessoa. O redator de nossos textos, frases, devaneios... é o coração. Não aquele pedaço de carne soluçante que habita nosso peito físico, mas a luz branca amorosa e infinitamente inteligente que o envolve e que comanda todo o nosso ser maior.

Tenho uma dica pra ti meu leitor. Se você começar a se ver no seu dia-a-dia, mesmo nas coisas mais simples da sua rotina, como um ser complexo, maior, do qual o corpo físico e o ego são apenas partes integrantes, e menos importantes, terá dado um passo decisivo para começar a assumir uma postura única perante todas as circunstâncias da vida.

Claro que é difícil, inusitado, diferente, mas focar o invisível é a saída, ou a chegada!



TaVar

02 abril 2011

Você é você?


O mundo virtual criou novos eus, pois nos apresentamos nele de um modo diferente do que somos na vida real. Aqui nos sentimos despidos de nossos compromissos com as verdades do mundo das células, moléculas, etiquetas, aparências, posturas... poses!

Os paradigmas da sociedade humana, os preconceitos de nossos familiares e amigos, os pensamentos e conceitos de vida de nosso(a) parceiro(a), as manchetes de jornais e revistas, a moda, constroem um ser que talvez não exista e apenas tenha sido criado por nós, em função destas circunstâncias. É como se vivêssemos sempre numa saia justa, adaptando nossos quereres, em função da roupagem sob medida imposta pela cultura vigente ao nosso redor.

Aqui no mundo virtual, notadamente na blogsfera, somos conhecidos pelo que pensamos, não pelo que somos. Ao contrário, na vida real, as pessoas se conhecem, mas não sabem o que as outras pensam.

Há algum tempo atrás, um amigo me confidenciou que, após ler textos que sua mulher escrevera em seu blog, foi pra casa ver se conseguia reconhecê-la. Quem desses dois somos? Seria o caso do eu do mundo virtual ser mais real do que o eu do mundo de verdade? Se for assim, você é um personagem na vida real e é você próprio no mundo virtual. Está longe de ser um jogo de palavras, ou um mero devaneio de um marujo maluco numa manhã de sábado.

Preste atenção em quem você é na frente das pessoas, no seu dia-a-dia, e compare com você sozinho(a) na frente do computador falando de si num post, ou mesmo contando o que está sentindo para uma pessoa que nunca viu pessoalmente, num site de mensagens instantâneas, ou numa sala de chat. Manjou a diferença?

Pois é! E agora, o que fazemos com isso? No próximo post falaremos de como conciliar esses dois eus, de modo a criar um ser inteiro, único, transparente, livre, evoluído e feliz.

TaVar

01 abril 2011

Em cada canto...uma ausência!

...é assim que sinto nossa casa hoje. Você não está em muitos lugares. E para sofisticar sua falta, em cada um desses lugares, sinto seu cheiro. É tão presente, que parece estar ali desde antes do próprio local... 

Essa fragrância, tal qual um espírito perfumado agora habita os locais onde nos conhecemos, namoramos ...e nos casamos! Mas não te vejo. Não te posso tocar.... e isso faz a ausência aumentar e sentir se propagar pela casa vazia o cheiro que antes produzia em mim uma tontura divina, mas que agora apenas me tortura e mina. 

Quando aqui chegares, sentirás tua presença... que ficou na tua ausência, ocupando o vazio de ti, que meu coração tentou suportar, correndo o risco de ...por sua falta se apaixonar. 



TaVar

Saudade


Sempre senti, mas nunca escrevi sobre ela, como se nunca tivesse sofrido desse bem...

Ter saudade de alguém é sentir a sua ausência tão presente, que quase devolve o amor da gente. É a garantia de que se ama. É um sentimento de presença de amor, e não de falta dele. Quanto mais amor, maior a sensação da proximidade do ente amado, de modo que o estar junto é constante, independente da distância entre os corpos físicos, porque os corpos emocionais não se separam jamais.

Talvez, por isso, meu amor, sinto você tão perto. Tão junto de mim que quase lhe vejo. Sinto o aroma do teu corpo doce, que enche o ar de sua presença, tanto que quase lhe toco. Penso mesmo que estás aqui, embora digam que não. Por certo os mesmos que falam de saudade de seus amores distantes, ou será os que vêem em cada canto...uma ausência?

TaVar