03 abril 2011

Foco no invisível


O sentimento não é físico, logo é invisível! Pelo menos enquanto permanecerem vigentes os paradigmas visuais atuais. Parece evidente e sem importância, prefácio de mais uma viagem do marujo maluco que assina a presente. Parece, mas não é!

Veremos agora porque, continuando o raciocínio da crônica anterior (se você chegou agora, seria importante parar aqui e ler o texto "Você é Você"), cuja expressiva audiência de visitantes, com ou sem comentário, desde já agradeço (na edição e reedição).

Quem nos vê, pessoalmente, enxerga nosso físico. Quem nos lê, "enxerga" nossos pensamentos, nossos sentimentos.

Minha tese é de que nos dois casos a leitura não é a mesma. Logo, não somos o que pensamos e sentimos, certo? Ou será apenas um jogo de palavras? Ajudem-me! Se minha teoria estiver correta, estamos, para usar uma linguagem naval, remando a favor da correnteza,... direto para a cachoeira!

A questão é de foco! (eta palavrinha que vai gastar)

Sim, é da nossa cultura ocidental focar o corpo e o ego! Esta dupla errante é responsável por quase toda a nossa atenção, sendo que a segunda não nos larga nem durante o sono, nos sonhos.

Só para lembrar, a outra maneira de nos ver, enxerga um ser maior, mais antigo, mais sábio, mais feliz. Só que é invisível para nossos olhos humanos. Se juntarmos isto à nossa tendência a prestarmos atenção no que está mais acessível, entenderemos melhor nossa cegueira espiritual.

É por isso que no mundo virtual parecemos outra pessoa. O redator de nossos textos, frases, devaneios... é o coração. Não aquele pedaço de carne soluçante que habita nosso peito físico, mas a luz branca amorosa e infinitamente inteligente que o envolve e que comanda todo o nosso ser maior.

Tenho uma dica pra ti meu leitor. Se você começar a se ver no seu dia-a-dia, mesmo nas coisas mais simples da sua rotina, como um ser complexo, maior, do qual o corpo físico e o ego são apenas partes integrantes, e menos importantes, terá dado um passo decisivo para começar a assumir uma postura única perante todas as circunstâncias da vida.

Claro que é difícil, inusitado, diferente, mas focar o invisível é a saída, ou a chegada!



TaVar

2 comentários:

Valquíria Calado disse...

Na verdade somos o que somos, que cada um nos veja como desejar, isso é inevitavel, não podemos mudar o conceito dos outros, mas se desejarmos mudamos os nossos.


Bjos amigo.

Taddeu Vargas disse...

Seja muito bem-vinda novamente amiga Valquiria. Estava com saudades de vê-la por aqui. Abraço enorme e uma bela semana.