24 abril 2010

Foco no Invisível

taddeu vargas
O sentimento não é físico, logo é invisível! Pelo menos enquanto permanecerem vigentes os paradigmas visuais atuais. Parece evidente e sem importância, prefácio de mais uma viagem do marujo maluco que assina a presente.
Parece, mas não é!
Veremos agora porque, continuando o raciocínio da crônica anterior (se você chegou agora, seria importante parar aqui e ler o texto "Você é Você", abaixo), cuja expressiva audiência de visitantes, com ou sem comentário, desde já agradeço.

Quem nos vê, pessoalmente, enxerga nosso físico. Quem nos lê, "enxerga" nossos pensamentos, nossos sentimentos.

Minha tese é de que nos dois casos a leitura não é a mesma. Logo, não somos o que pensamos e sentimos, certo? Ou será apenas um jogo de palavras? Ajudem-me!
Se minha teoria estiver correta, estamos, para usar uma linguagem naval, remando a favor da correnteza,... direto para a cachoeira!
A questão é de foco! (eta palavrinha que vai gastar)
Sim, é da nossa cultura ocidental focar o corpo e o ego! Esta dupla errante é responsável por quase toda a nossa atenção, sendo que a segunda não nos larga nem durante o sono, nos sonhos.
Só para lembrar, a outra maneira de nos ver, enxerga um ser maior, mais antigo, mais sábio, mais feliz. Só que é invisível para nossos olhos humanos atuais. Se juntarmos isto à nossa tendência a prestarmos atenção no que está mais acessível, entenderemos melhor nossa cegueira espiritual.
É por isso que no mundo virtual parecemos outra pessoa. O redator de nossos textos, frases, devaneios... é o coração. Não aquele pedaço de carne soluçante que habita nosso peito físico, mas a luz branca amorosa e infinitamente inteligente que o envolve e que comanda todo o nosso ser maior.
Tenho uma dica pra ti meu leitor. Se você começar a se ver no seu dia-a-dia, mesmo nas coisas mais simples da sua rotina, como um ser complexo, maior, do qual o corpo físico e o ego são apenas partes integrantes, e menos importantes, terá dado um passo decisivo para começar a assumir uma postura única perante todas as circunstâncias da vida.
Claro que é difícil, inusitado, diferente, mas focar o invisível é a saída, ou a chegada!

TaVar
taddeu vargas

21 abril 2010

Você é você?

O mundo virtual criou novos eus, pois nos apresentamos nele de um modo diferente do que somos na vida real. Aqui nos sentimos despidos de nossos compromissos com as verdades do mundo das células, moléculas, etiquetas, aparências, posturas... poses!

Os paradigmas da sociedade humana, os preconceitos de nossos familiares e amigos, os pensamentos e conceitos de vida de nosso(a) parceiro(a), as manchetes de jornais e revistas, a moda, constroem um ser que talvez não exista e apenas tenha sido criado por nós, em função destas circunstâncias.
É como se vivêssemos sempre numa saia justa, adaptando nossos quereres, em função da roupagem sob medida imposta pela cultura vigente ao nosso redor.

Aqui no mundo virtual, notadamente na blogsfera, somos conhecidos pelo que pensamos, não pelo que somos. Ao contrário, na vida real, as pessoas se conhecem, mas não sabem o que as outras pensam.

Há algum tempo atrás, um amigo me confidenciou que, após ler textos que sua mulher escrevera em seu blog, foi pra casa ver se conseguia reconhecê-la.

Quem desses dois somos? Seria o caso do eu do mundo virtual ser mais real do que o eu do mundo de verdade? Se for assim, você é um personagem na vida real e é você próprio no mundo virtual. Está longe de ser um jogo de palavras, ou um mero devaneio de um marujo maluco numa manhã de sábado.

Preste atenção em quem você é na frente das pessoas, no seu dia-a-dia, e compare com você sozinho(a) na frente do computador falando de si num post, ou mesmo contando o que está sentindo para uma pessoa que nunca viu pessoalmente, num site de mensagens instantâneas, ou numa sala de chat. Manjou a diferença?

Pois é! E agora, o que fazemos com isso? No próximo post falaremos de como conciliar esses dois eus, de modo a criar um ser inteiro, único, transparente, livre, evoluído, feliz.

TaVar

16 abril 2010

No Meio da Vida



Hoje vamos falar da vida terrena. Mas como de costume, do meio pra frente, o texto viaja por outros mundos. Às vezes parece tudo a mesma coisa, mas isto é história pra outra crônica. O assunto desta é a data (16 de abril), que marca a metade da trajetória deste marujo, aqui nesta vivência terrestre.

Não sei quando foi, mas não faz muito tempo que descobri a data da minha partida deste mundo, ou que inventei, não importa. O importante é que está marcada. Depois da definição tudo ficou mais fácil.

O planejamento se viabiliza quando se tem um termo final. A partir dele, fica fácil estabelecer prioridades, agendar tarefas de início, meio e fim, enfim, desenhar as imagens que vão compor o caminho, como as paisagens, outdoors, personagens e demais componentes da estrada da vida, neste caso, da minha vida.

Engraçado, dirá você! - Você mesmo! Ou será que tem mais alguém aqui nesta parte do texto além de eu e você? - Sendo hoje dia de comemorar a vida, esteja eu falando de morte!

Bem, temos que recuperar alguns conceitos de posts anteriores para entender bem isso. Num deles tem uma frase que marca muito minha idéia sobre morte física: “A vida é o eterno alento, do qual a existência terrena é um evento!”


Do meu ponto de vista, os três dias mais importantes da minha vida (terrena) são: o dia da minha partida (o mais importante deles), o da chegada (nascimento) e o dia de hoje - o meio da minha vida! Nesta ordem!
O dia da chegada a gente escolhe antes de nascer, o da partida, podemos e devemos escolher durante o percurso. O meio da vida é uma escolha da matemática, uma simples operação aritmética.

Entendeu porque o dia da partida é o mais importante dos três? Ele é fruto do seu processo de entendimento da vida, que se faz no modo consciente, a bordo do corpo físico e da mente humana. É você quem decide, através de seus atos, pensamentos, sentimentos.

Sua evolução como ser espiritual, vestindo o ser físico que você é, aqui no planeta, determinará quando você vai partir.

A grande vantagem da meia idade é saber como terminar bem uma jornada da vida, ao contrário da primeira parte dela, que deixa a impressão de não sabermos bem como chegamos até aqui. Os jovens não lidam bem com essa idéia, pois entendem que a melhor é a que estão vivendo. Mas o Universo é compassivo e dará chance a grande parte deles, de mudar de opinião.

Amanhã será meu primeiro dia na segunda metade. Um renascer! No entanto, diferentemente do nascimento anterior, carrego agora todas minhas impressões da existência até aqui. É um banco de dados imenso depositados na memória, que serão utilizados, junto com as informações do Teddy (meu ser interior), na seqüência da minha existência aqui na terra.

TaVar

14 abril 2010

Você, Escritor!

taddeu vargas
O site do livro Cem Crônicas está pronto e esperando uma visita sua. O livro será escrito a muitas mãos, pois conterá 90 crônicas minhas, algumas delas que constam deste blog e outras 10 (completando as 100) de colaboradores, co-autores (seriam 95x5, mas alteramos para abrir espaço para mais co-autores). Se você desejar participar do livro com uma crônica acesse o site www.cemcronicas.com.br  e informe-se na página "Participe" sobre o perfil e formato do texto. O livro irá para as bancas na metade deste ano. No site você encontrará todas as informações sobre o livro, inclusive uma cópia da capa em tamanho natural.

Taddeu Vargas
taddeu vargas

12 abril 2010

Dia Ordinário

taddeu vargas
Quando abri a janela e vi a beleza do domingo de outono envolvendo a cidade, lembrei das palavras de uma conversa entre dois religiosos, no dia anterior, num programa de TV.
Eles falavam sobre a importância de viver o dia de hoje, como ele é, como se apresenta e de que forma se pode melhorá-lo, adaptá-lo, aceitá-lo! Este é o dia ordinário! É o que se tem!
Os dias extraordinários, nos quais seremos muito felizes, onde não caberão problemas e coisas maravilhosas acontecerão...um dia chegarão! Mas não é o caso de hoje! O dia que nos abraça neste momento é o dia ordinário. É aquele que estou vivendo agora.
Dependendo do como vou vê-lo e vivê-lo, ele pode até se transformar num dia extraordinário.
O enfoque dos apresentadores me lembrou o Mestre Saint Germain, em seu "Livro de Ouro", recomendando aos discípulos a preparação do dia, logo ao despertar, com os Decretos abaixo transcritos:

"EU SOU a Presença Conquistadora, eu ordeno a esta Presença EU SOU que governe perfeitamente minha mente, lar, negócios e meu mundo"

"EU SOU a Presença preenchendo meu mundo com Perfeição neste dia"

"Eu qualifico tudo no meu mundo, neste dia, com Perfeição, por que EU SOU a Perfeição."

A maravilha do cotidiano é uma postura de cada um de nós, e não a conjugação de fatos predeterminados que acontecerão independente de nossa vontade. Se pedirmos um dia de harmonia e alegria e nos vermos passando pelo período dessas 24h, de forma harmônica e feliz, teremos o que pedimos e, dependendo da intensidade de nosso sentimento, podemos transformá-lo num dia extraordinário.
Quando você levantar amanhã lembre disso! Abra a janela e projete seus melhores pensamentos no dia que amanhece para sua trajetória. Vocês dois estão juntos nessa!
Caso queira conferir os ensinamentos do Mestre Saint Germain, clique no link abaixo, ou copie e cole em seu navegador e baixe o livro Dele. É gratuito.


TaVar
taddeu vargas

06 abril 2010

Páscoa


Preferi falar da Páscoa depois de passar o feriado, numa espécie de busca pelo ar menos impregnado do cheiro do chocolate e das correrias nos shopping centers, aeroportos, rodovias, etc.

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα), segundo a Wikipédia, é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 Anno Domini.

Entretanto, a sociedade humana escolheu dar uma conotação mais comercial e de entretenimento ao evento cristão, transformando o que deveria ser um momento de reflexão sobre a trajetória do Mestre Jesus em nosso planeta, em um festival de comercialização gastronômica e turística, com suporte oficial pela decretação de prolongado feriado.

Falei com o Teddy (se você nunca ouviu falar nele, leia o post abaixo) sobre isso, e ele, mais experiente, mais sábio e muito mais paciente com nossa senda humana, chamou a minha atenção para um aspecto da semana santa, justamente na minha área, que eu ainda não tinha percebido, ou não tinha relacionado como um subproduto muito positivo das comemorações pascais.

As emissoras de televisão, ávidas pela audiência geral do seu canal, acabam pontuando o período, com a inclusão na programação de filmes que têm como enredo a saga do Mestre Jesus, em sua passagem pela terra. O mesmo tema desfila por salas de teatros e nas ruas do mundo, encenando a história do iluminado filho de Deus, que criou um registro eterno ao consagrar a vida e derrotar a morte, deixando o exemplo de poder e amor a todos seus irmãos.

Assim, a comunicação moderna, eletrônica, marca forte dos tempos atuais, acaba por propagar o lado espiritual do evento, que, ao contrário das outras comemorações, alimenta nossa alma.

Esses eventos que reproduzem os fatos da vida de Jesus, que ocorrem durante a páscoa cristã acabam por divulgar cada vez mais a obra e os ensinamentos do Mestre, renovando a esperança da humanidade na busca do caminho único. O caminho que leva à Luz!

O Teddy (hoje metido a consultor publicitário) me pede para desejar a você meu leitor (ou dele! rsrs) uma feliz  Páscoa, todos os dias, com muitos momentos de reflexão sobre a estada entre nós do Mestre de todos os humanos, Jesus, o Cristo!

TaVar

01 abril 2010

Nos bastidores de nós

taddeu vargas
Hoje de manhã tive uma conversa interessante com o Ted. Foi quando peguei um livro pra ler e fui interrompido por ele, com uma pergunta intrigante: "O que tu vais aprender aí, que eu não saiba?"
Manja o Ted? Ele é o porta-voz dos meus bastidores! É o que chamamos de "nosso ser interior" (ver a série de posts Conversando com o Ser Interior e seguintes - Dezembro de 2009).
Confesso que eu estava pensando em escrever sobre a sexta-feira da Paixão, mas sabe como é o Ted, opiniático, espaçoso, sabe das coisas, rsrs! Pelo tom da pergunta senti que ele queria expressar a opinião do meu lado espiritual. Não tive como argumentar!
Outro dia aconteceu a mesma coisa e ele me desarmou dizendo que você vem aqui para lê-lo, e não a mim. É mole?
A pergunta embutia o conteúdo que ele gostaria de ver desenvolvido no texto que ora redigimos (ele e eu!), e ele me pede, desde já, para fazer a ressalva de que não tem nada contra as opiniões, enredos e histórias relatados na literatura, muito menos contra o livro em si.
A questão é onde buscamos informações para responder nossas perguntas atuais. As vezes elas vem em livros que abrimos aleatoriamente, ou na sincronicidade de um encontro inesperado, ou mesmo no lampejo de uma intuição reveladora!
O mundo que não conhecemos e seus comunicadores estão sempre a nos repassar informações, que indicam caminhos que devemos seguir, para cumprirmos, aqui na terra, a agenda de assuntos que relacionamos, antes de emergirmos no corpo físico que ora habitamos.
Ocorre que, nem sempre estamos habilitados a "ouvir" essas informações. Ou pelo corre-corre das atividades humanas, ou pela ingestão de alimentos, bebidas ou substâncias que dificultam esta conexão (drogas, fumo, álcool, alimentos pesados, etc.), ou mesmo por uma postura emocional muito negativa, focada no mundo físico, humano, e suas tragédias, desastres, violências, etc.

No silêncio da mente, vemos e ouvimos o que se passa em nossos bastidores.

Assim, quando buscamos dentro de nós mesmos as respostas necessárias, seja através da meditação, ou mesmo quando assumimos uma postura relaxada, de silêncio voluntário, por alguns minutos durante o nosso dia de trabalho, ou no recôndito do quarto de dormir, acessamos os outros componentes do nosso eu total, onde mora àquele que tudo sabe, que tem todas as respostas e, principalmente, que sabe exatamente quais as perguntas adequadas para o momento atual, que nos levarão à respostas indicativas dos caminhos a seguir.
Ah! o Ted pede para dizer que no post seguinte abordaremos as questões que envolvem a Páscoa.

TaVar
taddeu vargas