Hora de parar para contar a colheita. Momento de perceber a mais valia das experiências assimiladas e a harmonia entre os bens obtidos durante mais um período de minha vida, que logo denominarei "ano velho".
Houve época que eu media o que tinha crescido com a régua material que conta as façanhas econômicas. Depois vi a virtude na negação do ganho material, em detrimento do avanço espiritual, que ornamenta o espírito, em vez do corpo e do ego.
Só mais tarde, consegui enxergar as duas verdades com o mesmo olhar. Parecido com a visão que tenho agora, onde, num primeiro plano, funcionários da prefeitura local regam as lindas plantações de flores dos canteiros da avenida, utilizando um velho motor de combustão, mas no horizonte, no fundo da imagem, percebo gigantescos aerogeradores de energia eólica.
A segunda informação é a evolução da primeira.
É com essa visão, mais abrangente, que procuro inventariar as experiências que agreguei em 2010, que são elas, somadas as de anos anteriores, numa espécie de construção evolutiva.
Foi um ano de vitórias profissionais, que reforçaram o lado material da minha trajetória, sem diminuir o espaço do bem-vindo crescimento espiritual. Como no exemplo da imagem, a evolução harmonizou o quadro.
O período que ora se encerra, do ponto de vista da minha trajetória, é um extrato da boa simbiose, que harmoniza os interesses dos dois seres que me habitam, cuja administração não é tão simples como construir esta crônica.
Agradeço à vida, ao Deus da Luz que movimenta o elétron que constrói a existência de tudo que vejo e que percebo e do que não vejo, mas percebo, e do que ainda vou me dar conta um dia, nesta ou em outra roupagem material.
Salve o ano da graça de 2010 e todos os que o antecederam, pois minha experiência, assim como a dele, foi construída pela vivência de todos os momentos que compõe minha história.
TaVar