08 março 2011

Espiritualidade & Negócios


O crescimento econômico da Índia traz para o cenário mundial um novo perfil de homem de negócios. São empresários e executivos com costumes muito diferentes dos seus colegas ocidentais. Nascidos e crescidos num meio cultural onde a religião tem presença forte no dia-a-dia de todos os habitantes, esses profissionais vêm para o mercado com os atributos da introspecção, simplicidade e foco na intuição, sem abrir mão do conhecimento científico.

Segundo a Revista Forbes, 2014 marcará a ascensão do bilionário indiano Mukesh Ambani (foto) à condição de homem mais rico do planeta, posição hoje ocupada por Carlos Slim, mexicano dono da Claro, entre outras companhias. Ambani, de 53 anos, é dono de um império industrial, mas, de origem simples e fiel às raízes indianas, muitas vezes comparado a Gandhi. É vegetariano, não consome bebidas alcóolicas e medita sempre antes de começar suas atividades diárias. O "Rei dos Commodities", como é conhecido, deverá, dentro de três anos, ser possuidor de uma fortuna de U$ 62 bilhões, segundo previsão da revista especializada.

É cada dia mais comum encontrarmos empresas que apóiam e as vezes até difundem práticas espiritualistas entre seus funcionários, mirando maior produtividade e bom ambiente de trabalho. Algumas, inclusive, criando espaços para a prática da meditação em intervalos de trabalho, conscientes do aumento da performance dos trabalhadores a partir de momentos de relaxamento e silêncio interior.

O ocidente começa a valorizar as práticas milenares dos orientais, copiando o foco no desenvolvimento humano através da espiritualidade, o que também ocorre lá, mas em via transversa, ou seja, em relação ao desenvolvimento material, baseado no binômio ciência/capital praticado no mundo ocidental e que trouxe novos parâmetros de conforto, saúde e lazer.

A verdade, como sempre, deve estar no meio dos extremos da busca humana por um conjunto de valores que apontem para a liberdade, evolução e felicidade. E assim, temos mais um subproduto da globalização, efeito que aproximou diferentes culturas, colocando no palco mundial diversos enredos da vida, para uma assistência de seis bilhões de pessoas.

TaVar

Nenhum comentário: