30 novembro 2009

Sonho sonhado rima com Jogo jogado


Sonhei que estava no Rio de Janeiro, no Maracanã, lotado. Não estava ainda bem encontrado no sonho, e na dúvida se era ou não realidade, quando o time do Grêmio entrou em campo.
À minha volta, - eu deveria estar no meio da torcida do visitante - torcedores do Vasco, do Fluminense, do Botafogo...e do Inter. A camiseta colorada ocupava quase que por inteiro o cenário daquele setor da arquibancada.
Achei meio esquisito ver, de um lado a nação rubro-negra gritando mengôôôôôô..., e de outro lado, onde eu estava, nenhuma camiseta do Grêmio, suposto adversário do time carioca.
Os torcedores com camiseta do Inter cantavam "...tricolor, tricolor, tricolôôôôôôr...com tanta devoção e preparo, que lembravam a Geral em dia de decisão no Olímpico Monumental.
O time de azul, preto e branco era formado por jovens jogadores, e era notório o nervosismo da maioria, com a imponência e o ruído ensurdecedor do caldeirão pintado de vermelho e preto.
O jogo começou, e pela vibração da torcida, empurrando o Flamengo para cima do adversário, podia-se prever até um goleada...mas a torcida do Inter, ou melhor, a do Grêmio, com camisetas trocadas, continuava a entoar o brado de guerra da Geral, quem sabe acreditando na imortalidade do escrete visitante.
O Flamengo não conseguia abrir o placar e aos poucos a gurizada da azenha foi gostando do jogo. Chegavam antes na bola, paravam as tabelas e jogadas de efeito do Mengo com falta, num estilo pouco autoriano, e desafiavam o poderoso adversário, virtual Hexa-Campeão Brasileiro, com penetrações perigosas em sua grande área.
E a torcida...ahh! a torcida já ensaiava um "Até a pé nos iremos..."
O banco tricolor ordenou que todos os reservas fossem para o aquecimento (pareciam meninos da escolinha), pegando todos de surpresa, pois o time estava jogando muito bem e ninguém se machucara. Depois do jogo soube-se que os reservas do time principal também tinham tido suas férias antecipadas, por alguma razão de ordem burocrática.
No campo, já na metade do segundo tempo, o único time que procurava o gol e mantinha-se mais tempo com a bola era o tricolor, inobstante os gritos vindos do banco gremista, para que se contivesse e respeitasse o adversário.
Mas os guris estavam fora de controle e em uma jogada coletiva insinuante, e de muita raça, repetindo o treinamento dos juniores, envolveram a defesa do flamengo e marcaram 1X0.
Eram 40 minutos do segundo tempo.
A torcida desceu a arquibancada do Maracanã.
A avalanche deixou meu sonho tumultuado e confuso, pois nunca tinha visto uma versão com aquelas cores.
Depois dela vi apenas mais alguns flashes, já no aeroporto Salgado Filho, onde a delegação tricolor foi recebida pela torcida vermelha, que empunhava bandeiras azuis, sendo que alguns fanáticos, inclusive, vestiam o manto sagrado, e entoavam ...tricolor, tricolor, tricolôôôôôôr!
Acordei com o som do rádio, no programa Sala de Redação (era uma sesta), com o Prof. Ruy e seus maravilhosos e sábios companheiros do Sala, falando de um caminhão do corpo de bombeiros que conduzia a delegação do Grêmio, no meio de uma multidão de ensandecidos colorados que bradavam tricolor, tricolor, tricolôôôôôôr.
Desliguei o rádio e voltei a dormir, tentando sintonizar um outro sonho, pois aquela realidade era demais para um gremista.
taddeu vargas

Um comentário:

Helly disse...

Querido Taddeu,
QUANTA EMOÇÃO!!!!!
Assisti a vitória do Grêmio, e nem imaginava que era seu time, pois meus filhos e eu torcìamos contra o São Paulo no último domingo, quer dizer para o Grêmio.
Fico feliz em saber que mesmo inconscientemente, estava podendo te ver mais feliz à distância.
QUEM SABE O CAMPEÃO 2009, GRÊMIOOOOOO!!!
DÁ-LHE GRÊMIOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
rsrsrs, beijo no seu coração,
Helly