25 abril 2009

Rio Grande


Como é difícil viver sem ti meu querido Rio Grande. Muito por abrigares minha família, meus filhos, minha história...eu sei. Mas muito por ti, pelo teu jeito de ser, pela sintonia entre a gente. Até os sonhos, quanto o cenário é tu, são mais compreensíveis, mais amistosos, mais amigos.
Só saindo de ti para poder dimensionar o quanto te respeito e o tanto que te pertenço. Por isso não me perdôo tê-lo desabitado no teu dia, no vinte de setembro, registro histórico e eterno de nossa liberdade.
O que compensa essa distância é o orgulho com que ostento minha origem. Essa aura de boa procedência com a qual tu nos veste e pela qual somos identificados, quando estamos fora de casa, repara a ausência de chão no meu caminhar. Do teu chão.
Te confesso minha Pátria querida, que ainda não criei nenhum CTG, nem ando pela rua de bombachas e com um lenço vermelho abraçado em meu pescoço, mas minhas entranhas gaúchas nunca habitaram minha pele como agora, deixando explícito meu amor por ti.
Qualquer dia desses nos encontramos e aí matamos essa saudade que nos orienta, dá sentido à nossa relação e me fala de paixão, vínculo e lealdade.

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