30 abril 2009

Noite de Eric Clapton


Hoje eu entendo porque não dançava quando tocavam músicas do Eric. Era uma espécie de respeito pela genialidade do maior músico vivo dos dias atuais. Eu arranjava uma desculpa e convidava a companheira de danceteria para beber alguma coisa. E da copa, ou da mesa, eu fechava os olhos e tentava absorver a combinação de sons vindos de diferentes pontos da sala, que se harmonizavam em seu efeito estereofônico, antes de chegar a meus ouvidos e tocar meu coração... embalar minha alma, com os acordes inequívocos da guitarra sagrada e me levar para muito longe, onde habitam os anjos compositores das maiores canções do Universo.
Acho que o Eric veio de lá, ou mora lá e as vezes se fantasia de gente, para aqui na terra tocar e cantar as músicas que ecoam pelo cosmos, habitado por seres mais evoluídos... gênios dotados de virtudes supremas; anjos da ribalta celestial, que encarnam como coadjuvantes nos shows terrenos do grande Mestre.
Santa véspera de feriado, que abre a janela para que eu ouça e veja a energia mágica do ser sutil vestido de homem, na forma de ondas sonoras e coloridas que invadem meu chão, iluminando e embalando a noite antes habitada pela saudade e a solidão.   


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