16 julho 2006

O Mar que vejo e o que sinto!


Pela janela embaciada pela diferença de temperaturas dentro e fora do apartamento, quando acordei vi o mar. O mar do inverno e dos dias cinzas é distante, sombrio, carrancudo, pelo menos pra quem está fora. Quando lá, o balanço das ondas e a energia vibrante deste ser colossal, assim como as garrafas de mensagem, empurram também as desconfianças para o continente. O manancial de energia eletrônica disponível nos oceanos é incompatível com tristeza, carência, crise, e outras deficiências, ou ausências notadas aqui donde olho o ser marinho. Já pensei em viver lá, no meio da neblina sobre a água, e absorver a pura energia que daqui vejo com uma aura branca, luminosa, a decorar a linha d'água e do horizonte. E não seria o único morador do paraíso marítimo, pois, da mesma janela, nas noites de lua cheia vejo vultos a passearem, felizes, dopados pela energia branca que flutua sobre as águas prateadas pela luminosidade lunar. É assim que te vejo...e te sinto velho amigo!

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