27 janeiro 2010

Silêncio


O clarão iluminou a quarto e entre ele e o estrondo transcorreram alguns segundos. Era o prenúncio certo de mais uma tempestade de verão, das tantas que têm alagado nossas cidades.
Eram 4h34. O trovão sacudiu o quarto, fez trepidar o vidro da estante, cortou a energia, assustou a noite!
Antes que a chuva começasse a cair, veio o silêncio, denso, absoluto! Parecia que o estouro tinha acabado com tudo que existe. A sensação era de um vazio total, como se tudo flutuasse. O silêncio era o grande interlocutor daquele momento. Todos pararam para ouvi-lo!
Como estava mais ou menos no horário da minha meditação, minha mente fez uma imediata relação entre os silêncios. Aquele que busco, quando preciso ouvir meu Ser Interior e aquele que ouvira há pouco, respeitosa quietude da platéia terrena, pelo selvagem rugir das forças naturais.
Ambos criam uma zona isenta de tudo, própria para o novo, virgem de qualquer resquício de criações anteriores. Cenário perfeito para um choque em nossa cultura espiritual.
Aos poucos comecei a ouvir o ruído dos pingos da chuva, que iniciaram um período de transição entre o quieto e o normal de mais uma madrugada da vida.
Estava na hora de produzir a quietude do meu ser externo e deixar falar aquele que tudo sabe. Foi ai que lembrei, que o hábito de ouvir o silêncio instalou-se nas minhas madrugadas logo depois que um trovão sacudiu minha vida, fazendo eco caminho afora, por onde eu haveria de trilhar. 
MTV
taddeu vargas

10 comentários:

Mari disse...

Pois é Tadeu...quanto bem nos faz quando conseguimos realmente identificar o som do silêncio...não só a ausência dos ruidos externos, mas sim e principalmente poder ouvir o nosso silêncio interno. A conexão com Ele é uma expriência ímpar! Um abraço, Mari

Taddeu Vargas disse...

Olá Mari, muito obrigado pela visita. Nossa experiência física visa justamente suplantar a necessidade humana de se comunicar apenas com o externo. Quando buscamos a verdade no silêncio, vemos nossa vida ganhar significado, rumo, luz...e paz. Beijo grande e volte sempre.

Nancy disse...

Tbém gostei do seu blog Taddeu, só por curiosidade como descobriu meu blog? abraço

Taddeu Vargas disse...

Olá Nancy, obrigado pela visita e pelo elogio. Realmente gostei muito de seu espaço. Encontrei você num blog que visito muito, o Osho. Abraço forte e volte sempre!

Dora Regina disse...

Olá! Obrigada por visitar meu blog e ser meu seguidor.
Já gostei do que vi e li...Fiquei por aqui! Já estou te seguindo.
A propósito, como chegou no meu blog?
Um abraço fraterno!

Geisa Machado disse...

É exatamente entre o clarão e a explosão que se encontra o vazio, o nada, o silêncio. E para ouvir este silêncio é preciso treino, porque nesta hora as nossas vozes interiores querem se apresentar. Junto com essas vozes está a voz de Deus que nos ajuda a trilhar nossos caminhos. A maioria das pessoas não aguenta ouvir estas vozes e, é claro, também não ouve a divina.
Parabéns pelo brilhante texto Taddeu e por vc conseguir fazer esta conexão. Para isso é preciso ter "olhos de ver" rsrs
Gostei muito do seu comentário no meu blog. Obrigada!
Bjussss

Anônimo disse...

Olá Taddeu! Muito obrigada pela visita, volte sim mais vezes.

Adorei os textos de Saint Germain. Parabéns! eu sou apaixonada pela chama violeta.

Um forte abraço!
Aline Rodovalho

Taddeu Vargas disse...

Olá Dora Regina, muito obrigado pela visita e pelo elogio. Estava visitando blogs que eu sigo, e te encontrei num deles, como seguidora, mas não lembro qual. E gostei muito! Abraço forte.

Taddeu Vargas disse...

Olá Geisa, muito obrigado, mais uma vez, pela visita e pelas palavras elogiosas e carinhosas, que não mereço. Você é muito bem-vinda ao meu espaço. Beijo grande.

Taddeu Vargas disse...

Olá Aline, sempre que postar algo sobre o Mestre, vou te dar um toque lá. Obrigado pela visita. Beijão.