24 maio 2009

O e-mail


Quando abri o e-mail e vi o remetente segurei a lágrima, mas sabia que era um dedo apenas no buraco da barragem, que não resistiria à força das emoções de agora, que brotam de um coração dividido e que faria jorrar o produto líquido das equações não resolvidas e por isso tão doloridas.
Seu comentário neste blog, meu amigo querido, abriu um rombo na proteção criada para segurar um mar de sentimentos, que agora escoam pelo quarto, onde reparto comigo todas essas emoções, e não pelo honroso elogio à minha escrita.
A saudade e o amor, quando vertentes de opostas nascentes não fluem como as águas do rio, pois têm direções diferentes, e por isso as emoções se acumulam no reservatório da dor, à espera de uma broca amiga que faça ruir a prisão dos sentimentos.
taddeu vargas

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