27 dezembro 2008

A Sacada


Hoje, deitado na rede da sacada, consegui visualizar aquele 24 de dezembro distante, o que antes não me arriscara fazer.
Esse local da morada praiana, outrora apenas área de lazer, posto privilegiado para espiar o mar e os navios mercantes, agora é habitado por um ente ficcional, mistura de imagens, sons e fragrâncias, que ocupa o espaço quase fisicamente, transformando o observatório privilegiado das belezas da praia em recanto sagrado, onde nasceu o meu amor.

Naquela noite de Natal, fui surpreendido pela luz de uma estrela, que me indicou um ponto longínquo, local onde estaria o outro elo do amor que nascia, e a confirmação veio na forma de uma emoção profunda, quando rompi a distância e estabeleci contato, criando uma corrente de energia tal, que mudou para sempre a minha vida.
Agora o sol banha a sacada testemunha do nascer do amor, em contraste com a noite que cobre o que sobrou dele.
taddeu vargas

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