13 fevereiro 2011

Soneto da Luz


Domingo chuvoso, cria de noite mal dormida, 
Que pinta de cinza as humanas vontades
Deixando a sensação de falsas verdades
Tipo promessa não cumprida;

Incompleto mundo físico, material,
Que esconde as tênues sutilezas
E impõe limitações e tristezas,
Sob a ditadura da visão racional:

Mas chegará o dia em que as emoções
Suplantarão o medo e a retórica da razão,
Rasgando as receitas das cátedras e suas explicações.

Nesse dia reinará incólume a Luz
Que ultrapassará as nuvens
E resignificará o que se entende por cruz.

TaVar

3 comentários:

Márcia Vilarinho disse...

Poesia pura, reflexiva, clara, límpida e linda. Parabéns amigo, pelo belíssimo soneto, em que destaco:
Mas chegará o dia em que as emoções
Suplantarão o medo e a retórica da razão,
Rasgando as receitas das cátedras e suas explicações.

Abraços

Denise disse...

É incrível como acontecimentos não agradáveis possam produzir belezas como esta.
Vc é mestre em transformar, em preencher o vazio das coisas.

Espero que o que escureceu o teu dia volte a brilhar sem sustos, desejo que cada limitação ensine e a incompletude do mundo receba a tua luz natural livre do medo.

Meu carinho e um beijo para vcs três!

Helly disse...

QUE LINDOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Só vc mesmo, Taddeu, conseguir transformar um momento difícil de dor, em soneto, mas para mim, soou como um prece da sua alma à vida.
Você é um caixinha de excelentes surpresas.
É impossível não te amar.
Gratidão a Deus por sua existência.
Namastê!