10 fevereiro 2011

Quem é Teddy!


Capa do livro "Teddy, o Outro"
Sempre me senti dual, ouvindo duas vozes com sentimentos diferentes sobre o mesmo pensamento. Mas achava isso natural, fruto, talvez, das dúvidas que assolam o ser humano. Em algum momento comecei a perceber que uma delas era mais centrada, errava menos e não me cobrava por não ouvi-la.

Na adolescência e no início da idade adulta eu tinha dificuldade de ouvir a orientação da voz menos alarmante, pelas próprias características da idade, que pedem mais ação, mais "fazer" do que "ser". Hoje vejo isso! Na época creditava a dualidade à minha porção medrosa e a sentimento de culpa, que tentavam frear minha viagem rumo aos prazeres da realidade física.

No início eram apenas sussuros, mas a partir de certo momento comecei a perceber o aumento do tom da voz segunda. Considero que a minha vida começou ai. Taddeu e Teddy começavam a se comunicar.

Esse encontro tem um padrinho. As palavras do Mestre Saint Germain, em seu "Livro de Ouro", plantaram as sementes da mudança em minha mente, criando novos conceitos de prazer, que alteraram hábitos, que geraram novas e maravilhosas consequências, que hoje habitam meu ser total renovado, mais iluminado, mais consciente, mas, principalmente, mais nítido, aos meu próprios olhos, em suas aparentes divisões.

Teddy é essa voz segunda, que aos poucos protagoniza e assume o comando da minha vida, impondo paz, sabedoria e felicidade. O Taddeu que antes buscava os prazeres do mundo físico, reconhecimento e riqueza foi sendo assumido por sua metade invisível, deixando à mostra um conjunto mais harmônico e amoroso.

A capacidade transformadora dos novos métodos implantados, pela nova administração do meu eu - leia-se Teddy -, ficou mais visível, ao converter um consumidor frequente de bebidas alcoólicas em abstêmio; um carnívoro contumaz em vegetariano e ao transformar um amigo da noite, num apreciador da meditação nas madrugadas.

A presença do Teddy não ofuscou o Taddeu, pelo contrário, iluminou-o, sensibilizou-o, purificou-o e o suposto dualismo transformou o ser único num todo melhor, mais compassivo, mais paciente, mais tolerante e muito mais interessante.

Este sujeito experiente, conhecedor e inteligente, ao chegar de mansinho e aos poucos se adonar do meu eu, me fez crescer; aceitá-lo e decidir entregar a ele a condução do nosso processo de vida foi a escolha maior dessa existência. Ele estava em vantagem, pois já sabia que éramos dois; eu não! Talvez tenha sido este o meu maior mérito nesta história. taddeu vargas, taddeu vargas, taddeu vargas, taddeu vargas, taddeu vargas, taddeu vargas
Este diálogo tomou corpo e passou a ser diário, principalmente nas meditações, onde fomos construindo, com as minhas perguntas e as respostas dele, uma forma de convivência diferente, interessante e contundente, do ponto de vista das transformações do ser humano Taddeu. Elas operaram mudanças grandiosas, fazendo de mim uma pessoa mais amorosa, confiante, serena, desapegada e feliz.

Mas não foi somente durante as meditações que passamos a nos comunicar. Ele começou a produzir conteúdo comigo: neste blog, no trabalho de criação publicitária e agora no livro que estou escrevendo, em fase de revisão final, onde conto, em crônicas, a trajetória dessa descoberta que mudou para sempre a minha vida, apontando-a para a liberdade, evolução e felicidade.

No próximo post contarei aqui como as crônicas são criadas e quais as participações minha e do Teddy na composição final dos textos e do livro. Mas já dá para adiantar algumas coisas, do tipo: a grande maioria das crônicas são escritas em conjunto, todavia, aqueles lampejos de lucidez semântica, as construções de estilo impecável e as sentenças que produzem um sorriso de satisfação no rosto do leitor, são dele, assim como os melhores nomes e marcas de produtos e conteúdos digitais que produzo em meu trabalho.

TaVar

4 comentários:

Valquíria Calado disse...

Todos parecem ter um anjo...
Abraço amigo.

Penélope disse...

Fez-me lembrar dos heterônimos de Pessoa...
Um abraço

Helly disse...

Querido Taddeu, apesar de você falar dessa dualidade, sinto com se fosse uma UNIDADE PERFEITA, em você.
Eu, não sinto diferença entre Taddeu e Teddy, para mim, vocês agem e são exatamente UM SÓ!!!
Namastê!

Eu Meus Reflexos e Afins disse...

Lindo de uma outra forma com
o que cita.
Luto entre a que nasci pra ser e que tomou meu lugar.
Pois a que fui até outro tempo, ate começar a escrever é medrosa,
não sonha, foge de confrontos,
não sorri nunca.
Mas a que nasci pra ser, essa não limites. Lógico que prefiro a que nasci pra ser,
mas o outra, sempre tenta voltar, por isso vivo sempre em estado de alerta
mas sempre entwe sonhos e delírios