19 setembro 2010

Seu EU Sagrado

taddeu vargas
Um dia eu falei para uma mulher que ela não existia. Expliquei que, em vez do corpo físico - uma virtualidade, uma ilusão -, o ser luminoso que ocupava aquele local onde ela se encontrava, embora invisível para os olhos menos experimentados, era o verdadeiro EU dela e único ser real a habitar aquele espaço.
Tínhamos nos conhecido pessoalmente há poucas horas, o que potencializava o risco de eu perder a companhia mesmo antes de conhecê-la melhor. Por algum motivo ela não se atirou do 16º andar do meu prédio, embora tenha ficado com a impressão de que seu anfitrião não passava de um maluco.
Dois anos e alguns meses depois daquele primeiro encontro e de muitas tardes e noites conversando sobre espiritualidade, ela retorna e me presenteia com um livro do Dr. Waine W. Dier, que apresenta seu trabalho, em frase única na página, com a seguinte sentença:

"Toda a minha vida quis ser alguém,
Agora, sou finalmente alguém...
Mas não sou eu."

O livro "Seu Eu Sagrado", do autor citado, Editora Nova Era, é uma leitura imperdível. Um daqueles livros que fica na cabeceira por meses, anos. Companheiro certo mesmo nas viagens, percorrerá milhares de kilômetros dentro das minhas bagagens.
Fará companhia a alguns outros, como o Livro de Ouro de Saint Germain, Conversando com Deus e outros do Neale Donald Walsh e alguns do casal Hicks.
Fica aqui o agradecimento público pelos presentes (foram dois, um outro do Neale), embora o maior deles seja vê-la linda e encantadora, como sempre, mas agora com esses atributos a ornamentar um ser espiritual que se abre para a vida como um botão de rosa se abre para a luz do dia.
taddeu vargas
TaVar

04 setembro 2010

Comida ou Liberdade?

taddeu vargas
Esta é uma questão antiga e se renova a cada ciclo político vivido pelas nações e cidadãos do mundo.
Há pouco, assistimos o ícone planetário da democracia restringir liberdades do mercado para tentar sair da maior crise econômica, desde o crack da bolsa de Nova Yorque, em 1929.
No Brasil de 2010 vivemos uma disputa política aparentemente com o mesmo cenário das eleições anteriores: de um lado o sucessor de FHC e de outro a escolhida de Lula. Desde 94 assistimos esse desfile.
Entretanto, desta vez, existe muito mais em jogo, além da plataforma política e  capacidade administrativa de cada um dos candidatos.
O governo do PT desenvolveu bem a economia nacional, o emprego e a classe média cresceram, a pobreza diminuiu e o PIB bate recordes de décadas, satisfazendo a primeira parte do título da crônica.
Na mesma proporção do avanço da riqueza nacional, da melhora da situação econômica de cada um dos brasileiros, descortinou-se o viés autoritário e truculento do comando político atual. Já conhecíamos a tendência antiética e inescrupulosa petista na obtenção de resultados, em episódios como o mensalão, os dossiês dos "aloprados" e outras investidas sempre, oficialmente, desmentidas.
Quando esta crônica surgiu, no plano mental, ainda era início de agosto e os recentes fatos que ligam o PT à quebra de sigilos fiscais, ainda não tinham tomado forma. Mas só confirmam a tendência.
O que mais preocupa, no entanto, é o perigo que a democracia corre, a partir das manifestações de apoio do governo Lula aos regimes do Irã e da Venezuela, associados ao currículo bélico da candidata.
Enquanto temos Lula no poder, sentimos uma certa tranquilidade, mais pelo perfil humanitário do primeiro presidente brasileiro que governou para os pobres, do que pelo viés autoritário do seu staf.
Se as pesquisas de opinião estiverem certas, poderemos ter no poder, por mais quatro anos, uma eficiente máquina de acabar com a fome dos brasileiros, financiar casas para a população de baixa renda, e colocar carros na garagem delas. Mas o risco de um governo autoritário, maquiavélico, simpático à liberdade de imprensa imposta pelo governo chavista da Venezuela é real.
A assunção de governos de esquerda na América Latina, após um primeiro momento de enfoque democrático, face os horrores cometidos pelas ditaduras militares, ameaça dar a volta e rumar na mesma direção trilhada por aquelas.
Eu, entre a comida e a liberdade, escolho a vida! Vou de Marina!
taddeu vargas
TaVar