30 novembro 2008

A Mudança IV


Quando a mudança se aproxima o dia acorda com cheiro diferente, com cara esquisita, mesmo sendo Dia de Domingo, que escuto agora o Tim e a Gal cantarem. Parece até que eles mudaram um pouco o tom!?

O que provoca a mudança são nossas escolhas anteriores, como já sabemos, mas quando ela chega nos surpreende, pois vem com a fisionomia desenhada pelo conjunto dessas escolhas, que, quase sempre, é uma receita ainda não experimentada.

De qualquer modo, pela autoria conhecida, não posso reclamar do que me invade nesta Curitibana manhã de domingo. Quando meus olhos enxergarem de mais longe esse momento, saberei o que perdi, ou ganhei, enfim, conhecerei o produto final dos ingredientes que juntei nesta etapa da minha vida.

Ser Feliz


É claro que o caminho para a tal felicidade é trilhado sozinho, mas para viver essa spiritual life tem que desvestir a outra: a vida da pele, do coração batendo descompassadamente quando ela entra no msn, da sexta-feira amarga, noturna e solitária...

E como meditar para se bastar, com o coração rasgado e dolorido?
Como serenar a mente se ela percorre velozmente, em trajetos de ida e volta, toda nossa linda história de amor?

Diz a parábola do alpinista que, quanto mais alta e íngrime a montanha a ser escalada, menor é a influência do ser humano na tarefa, restando buscar no outro eu, no maior, mais velho e mais sábio ser que nos habita, a força para a subida.

Existem, de fato, situações na vida do marujo que transcendem os conhecimentos e a sabedoria até aqui adquiridos, deixando-o à deriva no mar das emoções e sentimentos, até que o vento da mudança sopre e abra o horizonte, mostrando o caminho.

13 novembro 2008

Desafio do Desequilíbrio


Como é difícil heim?
Quando parece que fizemos tudo certinho, tudo indicando que o Universo conspirou...
Quando sorrimos independente do céu cinzento e da chuva caindo...
Quando a felicidade já faz cócegas em nosso coraçãozinho. Aí vem a vida prática e diz que não!
Tudo que sonhamos e agora estava prestes a acontecer, foge de nossas vidas, como se desses momentos não merecêssemos desfrutar.
O amor humano parece comportar-se assim, destonalizado, fora de controle, ilógico, imprevisível, sobressaltado... descredibilizando o desafio do desequilíbrio, que estava tomando forma (quanto de?!).

08 novembro 2008

Diário - A distância


Eis que me tenho novamente longe dos meus queridos.
Não é a primeira vez, mas desta vez é quase por acaso. (como se isso fosse possível)
Já li em algum blog que "saudade é um sentimento de amor e não de falta dele", mas que dói, dói!
De certa forma, do ponto de vista geográfico-amoroso, estou onde deveria estar. Equidistante e nem tão longe dos meus amados eternos e espiritualmente escolhidos, e na terra do meu amor.
Mas, "na prática", me sinto longe de todos. Como se fosse um castigo por ter buscado, depois de muito tempo, a minha própria sina.
Desta vez o experimentado marujo avaliou errado suas cartas de navegação (ou não), e não seguiu sua intuição que indicava fortes tempestades a bombordo, a estibordo, enfim...
Embora a saudade doa, a proximidade nem sempre é a solução para nossos desencantos - ou falta de encantos - que a ausência física de nossos amores nos causa, e com isso, até que se vençam definitivamente as limitações humanas, ficará a triste sensação de um coração desabitado de amores.