03 novembro 2007

Nove de Novembro



Era sábado, 9 de novembro de 1991. As preocupações ocupavam todo o espaço mental possível. As dúvidas e incertezas não permitiam traçar um plano que pudesse mudar para melhor minha vida. Foi nesse estado que recebi o maior de todos os presentes de Deus, depois da vida.
A mensagem do Mestre veio na forma de um livro. O Livro de Ouro do Mestre Saint Germain. Quando o abri pela primeira vez,...de certa forma senti que minha vida estava mudando, definitivamente. Estavam lá as duas palavras mágicas que hoje têm um significado tal, que a elas agradeço pelo que sou: EU SOU.
Em alguns dias de leitura, as preocupações tinham sumido, e as dúvidas e incertezas começavam a dar lugar a uma nova forma de ver a vida. A partir do silêncio, comecei a ouvir a orientação da sabedoria interior e, de posse da divina informação e sabendo que EU SOU, dei por inaugurada uma nova e sagrada fase desta minha existência.
Claro que nem tudo, daí pra frente, foram rosas, mas as chagas dos espinhos encontrados no trajeto já não doíam tanto, pois eu tinha um norte a balizar meu caminho. E as decisões de mudar antigos e arraigados hábitos logo foram chegando e as mudanças encorajando a busca por mais Luz.
Conhecer Saint Germain deu sentido à minha vida. Experimentar a força magnética das palavras do Mestre na solução de qualquer tipo de problema, mudou completamente o perfil dos conceitos que até então tinham escrito minha história.
Na semana que vem comemoramos 16 anos desse mágico encontro. Imaginem, se na adolescência dessa relação já me sinto tão feliz e eternamente agradecido, como me sentirei na fase adulta dessa coexistência?
De tudo que o Mestre me ensinou, o que mais mudou minha maneira de agir em relação à vida, foi postar-me resoluto e antecipadamente agradecido pela manifestação de meus desejos, como se já satisfeitos, por mais improvável que fosse sua ocorrência. E Ele explicava que o princípio da precipitação está ao alcance de qualquer ser humano, de qualquer filho de Deus.
A atitude de "EU SOU" nos faz deuses de nossas vidas, de nossos desejos, e transforma o aparentemente impossível em muitíssimo provável.
Muito obrigado Mestre querido, pelo que alcancei e também pelo que não obtive, pois ainda não consigo ter clareza suficiente para diferenciar completamente o verdadeiro do falso. Mas, se ainda sobra nevoeiro na manhã da minha vida, é certo que o Sol absoluto não tardará a saturá-la da clareza e da perfeição do Senhor.

02 novembro 2007

O Dia dos Mortos

O dia amanheceu sombrio, pela imposição das nuvens carregadas, desenhando o cenário de mais um dia de finados, que aprendemos a respeitar na infância, como sendo o dia consagrado aos mortos.
E feriado. A sociedade para e homenageia os que, segundo se diz, morreram. Não que o fato de ter-me tornado adulto tenha feito perder o respeito pela data, mas é certo que não acredito mais em morte. E acho que essa consciência aflorou a partir do momento que meu conceito de "vida" sofreu profunda alteração.
Não sei precisar quando, mas comecei a perceber a vida como sendo uma consequência da Luz, e Luz não morre. A vida está ligada à nossa essência, que é Luz.
Pelo que podemos observar no Universo, e pelo que sinto no silêncio, essa energia sempre foi, é, e sempre será.
O corpo físico que neste dia reverenciamos, jaz no rol das ilusões ...das inexistências. E temporário, incerto e fugaz. Já, seu eventual companheiro, o imortal e iluminado espírito, que é o nosso eu, de Luz, permanece e atravessa o que denominamos "tempo" sem "envelhecer", voltando a viver, no conceito humano, dentro de algum tempo, num outro corpo, construído com o mesmo material que um dia será novamente descartado, para livrar o espírito, mais uma vez, para outras viagens...e assim por diante.
Mas como tudo na vida, por um lado o dia de finados tem lógica: é apenas um, sobrando todos os demais dias do ano para reverenciarmos a vida, a LUZ.